Da Redação*
Castro – Projeto desenvolvido na Cadeia Pública de Castro pretende garantir a emissão da carteira de identidade para pessoas privadas de liberdade (PPL) que não possuem o documento ou extraviaram. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Polícia Penal do Paraná (PPPR), o Instituto de Identificação da Polícia Civil e o Conselho da Comunidade, que disponibiliza uma assistente social para atender os detentos.
A logística de segurança, escolta e transporte dos custodiados até os locais de emissão dos documentos fica a cargo do Setor de Operações Especiais (SOE) e do Setor de Operações de Transporte (SOT), da regional administrativa da PPPR de Ponta Grossa.
Segundo o diretor-adjunto da Polícia Penal do Paraná, Maurício Ferracini, garantir o acesso à documentação é um passo fundamental no processo de ressocialização. “Uma das principais situações que demanda a atenção do sistema penal, de fato, é produzir questões básicas para a pessoa privada de liberdade, como a própria questão de documentação. Quando falamos do retorno de um apenado ao convívio social, é importante que sua parte documental esteja correta, que haja trabalhos de capacitação, investimentos nos aspectos de educação, toda uma construção para que essa pessoa, ao retornar para a sociedade, tenha condições de colaborar e se reintegrar com ela. Este é o processo, de fato, de ressocialização”, explica o diretor-adjunto da Polícia Penal do Paraná, Maurício Ferracini.
A assistente social Eduarda Destefani Hozeleski, cedida pelo Conselho da Comunidade, realiza atendimentos quinzenais na unidade e destaca que a regularização da documentação facilita o acesso a direitos e benefícios. “O documento de identidade é essencial para que o reeducando possa exercer sua cidadania após o cumprimento da pena”, explicou.
Durante as primeiras entrevistas realizadas pelo projeto, constatou-se que 16 custodiados ainda não possuíam documento de identidade. Desde o início da iniciativa, mais de 55 internos já obtiveram o documento, facilitando o controle institucional e o processo de ressocialização.
O diretor da Cadeia Pública de Castro, Elerson de Lima, ressaltou a importância da parceria entre as instituições para o sucesso da iniciativa. “A colaboração entre essas entidades foi fundamental para o sucesso e avanço do projeto. Com essa iniciativa, espera-se não apenas fornecer um documento essencial aos apenados, mas também abrir portas para uma reintegração mais efetiva desses indivíduos à sociedade, proporcionando-lhes uma segunda chance de construir uma vida digna e produtiva após o cumprimento de suas penas”, enfatiza o diretor.
*Com Assessoria