Na busca de consolidar um novo ciclo

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Emerson Teixeira
Especial Página Um News

Castro é uma cidade histórica que ficou parada na história, mas nas últimas décadas trabalha para escrever novos capítulos de novos tempos de progresso e desenvolvimento econômico para se consolidar como a principal cidade do interior dos Campos Gerais, depois de Ponta Grossa. Um dos reflexos desse ciclo de mudança pode ser notado na prévia do Censo 2022, divulgado no mês de dezembro, que mostra o crescimento populacional além do estimado pelo próprio IBGE que apontava a população castrense em 72.125, e através do Censo 2022 o número real pode chegar à marca de 75.956 habitantes, um salto de 8.872 novos moradores em comparação ao ultimo censo realizado em 2010 e que projeta Castro entre os 30 municípios mais populosos do Paraná.

O desmembramento de Carambeí, elevado a município em 1997, forçou Castro a uma reorganização nas contas públicas e ao mesmo tempo serviu para que as lideranças castrenses saíssem da zona de conforto e buscassem novas alternativas de arrecadação para as finanças municipais, que chegou a ocupar a 9ª posição no ranking estadual de arrecadação do ICMS e despencou para a 15ª posição após a separação. Atualmente o município ocupa a 12ª posição dos municípios que mais arrecadam ICMS, segundo dados da Receita Estadual em 2021 foram repassados a Castro R$ 110.984.893,00.

A saga castrense é uma união de vários fatores que passam pelo poder público e iniciativa privada, mas não foge da base econômica do município que é a produção agropecuária e se destacam pelos investimentos privados realizados pela Cooperativa Castrolanda na industrialização de seus processos de leite, carnes, batata e feijão, além da chegada das indústrias Cargill e Evonik.

Número 1
A Capital Nacional do Leite ocupa o posto de maior produtor do Brasil desde 2018. Segundo dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), de 2021, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Castro segue na liderança nacional com mais de 381 milhões de litros de leite.

PIB
O Produto Interno Bruto per capita vem numa escalada na última década, considerando o período de 2010, quando o PIB per capita de Castro era de R$ 16.594,91 e seguiu numa ascensão 2020 de R$ 45.840,39, o que projeta o município entre os cincos maiores da região, atrás de Ponta Grossa – R$ 48.615,15; Telêmaco Borba – R$ 52.915,04; Tibagi – R$ 57.452,86 e a liderança de Carambeí com R$ 61.284,85.

Salário
Em relação à média salarial, os castrenses estão em quarto no ranking regional com 2,4 salários mínimos, que tem a liderança de Telêmaco Borba com média de 3 salários que os trabalhadores formais receberam em 2020, segundo dados do IBGE.

Saúde
A taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 8.88 para 1.000 nascidos vivos. As internações devido a diarreias são de 0.3 para cada 1.000 habitantes. Comparado com todos os municípios do estado, fica nas posições 190 de 399 e 320 de 399, respectivamente. Quando comparado a cidades do Brasil todo, essas posições são de 3060 de 5570 e 3907 de 5570, respectivamente. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Castro está em 0,703.

Contorno
Retrato do novo ciclo de desenvolvimento de Castro é o tão aguardado Contorno Norte que finalmente saiu do papel e fará uma nova ligação entre a PR-090 com a PR-151, com extensão de 15,6 km. A obra inclui ainda duas rotatórias: uma no entroncamento com a PR-090 e outra com a estrada de acesso ao bairro Castrolanda.

Também será executada uma nova ponte sobre o Rio Iapó, com extensão de 320 metros, largura de 14 metros distribuído em duas pistas de rolamento com 3,60 metros cada, além de acostamentos externos com 3 metros e barreira de proteção para a ponte (New Jersey) de 0,40 metros.

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