Da Redação
Lagarto da espécie Teiú, uma das maiores do Brasil, foi resgatado de um quintal de casa abandonada, em Castro. Chamado de Kiko, o animal não sobreviveria caso fosse devolvido à natureza e por esse motivo passou a viver no quintal da residência de casal de irmãos, na Vila Rio Branco, sendo alimentado pelos moradores.
Ele havia sido adotado quando filhote, com o objetivo de evitar que fosse morto por caçadores e ter sua carne consumida.
Em 2021, os irmãos, já idosos, contraíram Covid-19 e infelizmente não resistiram, morrendo no mesmo dia. Naquele ano, o lagarto já contava com cinco anos e desde então permaneceu sozinho no quintal da casa, pois os irmãos falecidos eram os únicos moradores do imóvel. “Após a perda de seus tutores, Kiko permanecia a maior parte do tempo escondido em uma toca, saindo apenas para tomar sol e coletar alimentos deixados por vizinhos”, explica o protetor que resgatou o réptil, Pedro Jaremczuk, investigador de Polícia Civil.
Como o imóvel desocupado começou a ser frequentado por usuários de drogas, a solução seria tentar encontrar local ideal e seguro para o lagarto.
Foi então elaborado plano de captura, como construção de armadilha, transporte e destinação do lagarto para um espaço apropriado, explicou Pedro. Segundo ele, “o lagarto não possui os instintos da defesa e da caça”, disse Pedro.
Captura
Foi esperado o lagarto sair de seu período de hibernação, o que aconteceu na semana passada, para então poder instalar a armadilha na entrada de sua toca. Capturado, Kiko foi transportado para o Centro de Triagens de Animais Silvestres em Ponta Grossa, e passará por exames veterinários.
“Espera-se que ele seja encaminhado para um mantenedor em José dos Pinhais, onde há terrário em condições de acolher o réptil, que inclusive poderá ter a companhia de outros lagartos, tudo com apoio do Instituto Água e Terra (IAT)”, finaliza Pedro.