148 garrafas apreendidas pela Fiscalização em Castro serão inutilizadas após 15 dias

Diretora do órgão, Natali Cotrim Zahdi, explica que ação teve caráter preventivo e novas operações estão previstas nas próximas semanas

0 66

Emerson Teixeira

Castro – A crescente preocupação com a adulteração de bebidas alcoólicas e o uso de metanol — substância altamente tóxica — levou o poder público municipal a realizar, na sexta-feira (4), uma operação preventiva em Castro. A ação conjunta contou com a participação da Guarda Municipal, Vigilância Sanitária, Procon, além das Polícias Civil e Militar, e teve como foco a verificação da procedência de bebidas comercializadas em bares e mercados.

No total, nove estabelecimentos foram vistoriados e aproximadamente 148 garrafas foram apreendidas por apresentarem lacres violados, embalagens danificadas ou ausência de registro e nota fiscal. Apenas um local não registrou irregularidades.

Em entrevista exclusiva ao Página Um News nesta segunda-feira (6), a diretora do Departamento de Vigilância Sanitária de Castro, Natalie Cotrim Zahdi, detalhou os resultados e desdobramentos da operação.

“A operação foi realizada de forma preventiva. Foram recolhidas bebidas que não tinham registro no Ministério da Agricultura, produtos que tinham a embalagem ou o lacre violado, além de produtos suspeitos e sem nota fiscal”, explicou.

Natalie ressaltou que o foco inicial é orientar os comerciantes, sem aplicar penalidades imediatas. “O material apreendido fica na Vigilância Sanitária por 15 dias, período de defesa do comerciante. Após esse período, serão inutilizados no aterro sanitário do município”, afirmou.

Os produtos só poderão retornar aos estabelecimentos mediante comprovação de origem e registro no Ministério da Agricultura. “O produto só retorna para o estabelecimento que comprovar que tem registro no MAPA, com nota fiscal”, destacou.

Sobre a origem das bebidas recolhidas, a diretora esclareceu que a ausência de registro no Ministério da Agricultura já as caracteriza como irregulares, mesmo que não necessariamente adulteradas. “Nem sempre são adulteradas, mas por não terem registro já são classificadas como clandestinas”, afirmou.

A diretora também fez um alerta aos consumidores. “Sempre observem a procedência dos produtos que estão comprando e que, nesse momento, tenham cautela no consumo de bebidas alcoólicas”, orientou.

Natalie anunciou ainda que novas ações estão previstas para as próximas semanas. “Novas fiscalizações serão realizadas. Elas vão continuar por algum tempo ainda”, adiantou.

De acordo com o Procon do Estado, cerca de 37% das bebidas comercializadas no Brasil estão adulteradas, o que tem motivado a intensificação das fiscalizações em todo o Paraná. Em Castro, as operações preventivas visam proteger a saúde da população e garantir que apenas produtos com procedência comprovada cheguem ao consumidor final.

Participe da comunidade no WhatsApp do PáginaUm News e receba as principais notícias dos campos gerais direto na palma da sua mão.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.