Luana Dias
Especial Página Um News
A pandemia do novo coronavírus exigiu adaptações, postura e ações, em quase todos os setores. Com o Sindicato do Comércio Varejista de Castro (Sindicastro), que atua junto ao comércio do município há 61 anos e representa 2.300 empresas, não foi diferente. Mesmo tendo visto e trabalhado nas mais diversas situações, inclusive em outras crises e em cenários adversos, o presidente da entidade, José Marioli Simão, disse à reportagem que as consequências trazidas pela pandemia são algo nunca visto antes, e com as quais ninguém estava preparado para lidar. “No início inclusive, gerou até certo pavor, até mesmo nos governantes, porque ninguém estava preparado para essa situação, ninguém sabia enfrentar uma pandemia”, destacou ele.
E, quando a pandemia se tornou uma realidade por aqui, o Sindicastro passou a atuar, assim como outras entidades do município, junto à Prefeitura no Comitê de Operações de Emergência (COE). Conforme explicou Marioli, foram necessários vários encontros e até algumas reuniões exaustivas para que se tomassem as decisões cabíveis à situação. “Tivemos uma participação efetiva, representando o comércio e os empresários de nossa cidade, levando informações e subsídios necessários para as tomadas de decisão e para o retorno do comércio. Nesse sentido não só o Sindicato, como também outras entidades, tiveram um importante papel, ficamos fechados por um tempo, por precaução, e enquanto isso tivemos vários diálogos buscando a melhor solução, aos poucos fomos mostrando que o comércio tinha condições de voltar a trabalhar, para manter os empregos, e depois provamos que tínhamos razão, porque ficamos quase dois meses com o comércio aberto e sem aumento significativo no número de casos. Nesta fase tivemos até debates acalorados, tivemos que manter um posicionamento firme, mas o lado bom é que havia boas intenções de ambos os lados, ninguém sabia direito como lidar com as conseqüências da pandemia, mas o poder público se mostrou disposto a ouvir aos representantes de cada setor, e todos, em parceria, se empenharam para tomar a decisão certa. Talvez nem tudo tenha sido acerto, o fechamento do comércio talvez tenha sido cedo, mas sempre tentamos tomar decisões pensando no melhor para o município”, ressaltou o presidente.
Para ajudar o comércio da cidade a se preparar para o período pós-pandemia, o Sindicastro também vem buscando ferramentas que podem ser usadas por todos. Por exemplo, em parceria com a Fecomércio e com o Senac, trouxe para o município cursos gratuitos, à distância, para profissionais de venda nos setores de joalheira, vestuário e qualidade no atendimento. A ideia é preparar os colaboradores do comércio local, para oferecerem um atendimento melhor e mais profissional, cativando o cliente para dar preferência ao comércio da cidade. “Se queremos que o consumidor gaste aqui, temos que oferecer atendimento de qualidade”, defende José Marioli. As primeiras turmas dos cursos já estão se formando, mas ainda existem vagas disponíveis, no link https://bit.ly/Sindicastro
E, como a crise chegou em todos os estabelecimentos comerciais, só que para alguns com mais potência do que para outros, o Sindicastro também está atuando para ajudar os pedidos de aporte de seus associados chegarem até a Fomento Paraná. De acordo com o presidente, os funcionários da entidade passaram por treinamento e se preparam cada vez mais para dar esse atendimento, recebendo documentos e pedidos de financiamento dos empresários e os encaminhando para a Fomento. Além disso, também faz as orientações à empresas, repassando materiais e informações para dar suporte em casos como os de acordos de trabalho, compensação de horas e outras situações que passaram a fazer parte da rotina empresarial desde que a pandemia começou.
De acordo com o presidente, para darem resultados positivos, essas iniciativas devem ser aliadas à escolha do consumidor local, pelo comércio da cidade. “O comércio local está preparado para receber os consumidores, tem variedade de produtos à disposição, mas é importante que estes consumidores deem preferência para Castro, investindo na cidade principalmente neste momento que exige essa parceria, isso é de suma importância para preservar empregos e negócios no município”, finalizou.