Bianca Martins
Especial Página Um News
Comitiva alemã da Anhalt University of Applied Sciences esteve em Castro, na terça-feira (7), conhecendo um pouco do agronegócio local. O diretor do Grupo Calpar, Paulo Bertolini recebeu o professor alemão Heiko Scholz, o deputado estadual pelo estado de Anhalt Sachsen, Hannes Loth, estudantes e pesquisadores, na sede da empresa para uma reunião prévia, antes de seguirem para a fábrica da Granfinale e para uma das fazendas do grupo. “Eles vão visitar outros lugares no Brasil, mas passaram por aqui. Falamos muito sobre Amazônia, sobre a preservação ambiental no Brasil, a quão séria ela é e que se a Europa seguisse o código florestal brasileiro, se transformaria em grandes áreas verdes, coisa que hoje eles não têm. Foi muito bom o bate papo, pudemos trocar experiências, ideias, rever conceitos e preconceitos. É uma experiência que fica para ser compartilhada com todo mundo lá na universidade e com outros pesquisadores”, contou.
Bertolini também compartilhou a experiência agrícola desenvolvida em Castro e aproveitou a oportunidade para debater temas como o uso e acesso a tecnologias. “Discutimos bastante sobre tecnologia, sobre as dificuldades que a Europa está tendo no desenvolvimento da agricultura lá, cada vez mais cerceada de acesso a tecnologias, principalmente biotecnologia”, relatou.
Segundo o diretor do grupo Calpar, as informações que os europeus recebem do Brasil, muitas vezes, são distorcidas pela mídia. Ele acredita que encontros como estes servem para desmitificar a visão sobre o país e apresentar aspectos positivos da produção brasileira. “Agricultura [na Europa] está sendo sufocada por burocratas e ecologistas e isso está sendo muito ruim. Eles vêm pra cá, normalmente com informações muito ruins que a mídia divulga. Eles chegam aqui e conseguem ver com os próprios olhos que a situação é diferente do que a mídia propõe. Que a preservação ambiental caminha junto com a produção agrícola intensa e associação com biotecnologia, técnicas de produção, por exemplo, o plantio direto, então isso muda muito a cabeça deles”, avaliou.
Ele é enfático ao afirmar que este tipo de experiência é uma importante ferramenta para fomentar o agronegócio brasileiro e difundir suas tecnologias para o restante do mundo. “É uma forma de contribuir com o agro brasileiro, passar um pouco da nossa experiência, do que a gente faz, mostrar que toda a cadeira do agro é sustentável, é produtiva, que ela gera um impacto positivo social e quem nem sempre o que se propaga dentro da mídia internacional sobre o Brasil é verdade. A verdade é que o Brasil é uma potência produtiva, uma potência agroecológica invejável e o nosso papel é ajudar a criar essa imagem positiva no brasil, da nossa cidade obviamente, pra fora. Eu faço parte dessa peça que ajuda a levar o nome do país e da nossa cidade pra fora”, destacou Bertolini.