Na foto, atual presidente da Apae, Josemar Marcondes dos Santos, e a ex-presidente Eleoni Aparecida Carneiro
Matheus de Lara
Associação de Pais e Amigos Excepcionais (APAE) de Castro, está com novo presidente para gestão 2023-2025, desde o dia 2 de janeiro. O nome escolhido foi Josemar Marcondes dos Santos, de 43 anos, cadeirante e que nos últimos anos esteve na direção da Associação Deficientes Físicos de Castro (ADF-Castro). Para a escolha da nova gestão, com o nome ‘Renovação’, foi preciso do envolvimento conjunto da chapa da diretoria, conselho fiscal e administrativo. A votação foi aberta aos associados e pais de alunos matriculados na escola, no dia 25 de novembro de 2022. Antes, a presidente da associação era Eleoni Aparecida Carneiro.
Em entrevista ao Página Um News o novo presidente disse que ficou honrado com o convite para participar. “Já conhecia outras direções que estiveram à frente da entidade e sei do trabalho que a Apae faz pelas crianças”, afirmou. Josemar destaca que pretende melhorar a infraestrutura, tanta física como de serviços, para atender as crianças. “Oferecer atendimento melhor a elas, nas áreas sociais, educacionais e esportiva”, contou.
Josemar considera um desafio atuar em prol da associação. “Um desafio muito bom, trabalhar em prol da pessoa com deficiência, principalmente, crianças sempre é uma luta diária, mas muito gratificante a cada conquista. Eu estarei presente no dia-a-dia da instituição, queremos fortalecer as parcerias da Apae com governo municipal e estadual, e que a comunidade esteja mais próxima da associação, fortalecendo o vínculo com os familiares dos nossos alunos”, ressaltou.
O presidente também enfatiza que espera fazer um bom trabalho nos próximos três anos. “A última gestão deixou em ordem muitas coisas nas partes de contas e despesas, e com a nova gestão é ampliar os atendimentos, números de crianças, até porque boa parte das crianças não estão em escola regular”, disse Josemar.
Josemar comenta sobre a visão que a comunidade tinha em relação a associação ser uma escola para pessoa com deficiência. “Com o tempo isso foi mudando, e hoje a criança que tem deficiência, muitas delas, podem estar no ensino regular, já aquelas que não conseguem se adaptar, estão na Apae. Nosso projeto é trabalhar a escola da mesma maneira, sendo alfabetizados, tendo o conteúdo normal de uma escola regular”. De acordo com ele, um dos objetivos também é atuar a na área esportiva, levando alunos para participar de campeonatos municipais e estaduais, como as Olimpíadas da Apae no Paraná, disputada uma vez por ano. Josemar espera que a comunidade participe mais e esteja sempre presente com a instituição.
Para a diretora da Apae, Maria Alice Holowchak Bourguignon, a expectativa da nova gestão é de uma boa parceria coletiva e harmônica de todos os membros da associação e os serviços ofertados, em um compromisso com a contínua melhoria do atendimento em prol da pessoa com deficiência e sua família. “Tenho certeza que essa gestão será marcada pela participação e diálogo alinhando todas as visões às demandas de renovação e aprimoramento no atendimento da pessoa com deficiência. Estamos todos confiantes e engajados numa gestão pautada em participação transparência, e integração para os educandos, suas famílias e nossa sociedade”.
Antiga gestão
A ex-presidente Eleoni Aparecida Carneiro destacou como foi trabalhar durante os três últimos anos na Apae. “No começo as coisas são mais complicadas, bastante dívidas do comércio, trabalhista e com um caixa praticamente vazio, são muitos desafios. Fui trabalhando com as Notas Paraná e os contribuintes mensalmente que são os associados e os que fazem doações também. Quero agradecer as pessoas que fazem doações, sempre falei que a Apae é bem gratificada com quatro convênios Sedd, Fundeb, Social e Sus, com esses convênios é possível executar os projetos neles inseridos. A associação é uma escola cujo o aluno matriculado recebe atendimentos especializados na sua deficiência”, explicou.
Em relação a nova gestão, comenta que “o presidente atual está recebendo a Apae com 80% melhor que eu quando comecei. As contas estão em dia e com duas trabalhistas e um bom caixa. Tem coisas para melhorar? Tem, mas com tranquilidade e prestando bom atendimento aos alunos portadores de deficiência”, enfatizou.