Comerciantes ‘com os pés no chão’

Comerciantes ‘com os pés no chão’

Luana Dias
Especial Página Um News

Mais um dia dos pais se aproxima, e desta vez, a data especial vai acontecer em meio a um cenário atípico, devido a pandemia do novo coronavírus. Mesmo sendo uma grande oportunidade para o comércio, o dia dos pais desse ano gera diferentes sentimentos nos empresários locais, e, até mesmo os otimistas, estão com os pés no chão ao falarem das expectativas.
A lojista Eunice Terezinha Lauber, por exemplo, cita o medo de comprar e de gastar com o qual os consumidores estão convivendo ultimamente. “Para falar a verdade, a expectativa não é boa. As pessoas estão com medo de comprar, e com a crise ocasionada pelo vírus piorou. No começo do ano já estava bem ruim, depois ficamos parados por um tempo, e cada vez mais sentimos a situação complicar”, descreveu ela.
A empresária também contou à reportagem que o dia das mães, que é considerado por muitos como o segundo Natal do ano para o comércio, já não teve vendas muito animadoras. “Tenho vinte anos de experiência no comércio, e esse com certeza foi o pior. Eu não tenho nem feito estoque de produtos, porque está indo tudo muito devagar”, destacou.
A previsão de vendas também foi feita com moderação pelo gerente da loja de bolsas e calçados, Orly Cardoso. Conforme explicou ele, o dia das mães deste ano não teve vendas tão volumosas, com base nisso, o que se espera para o dia dos pais é um movimento menor, com vendas caindo até pela metade. “Nesta época tínhamos um bom movimento, mas agora com a pandemia está bem difícil. Assim, como no dia das mães, que é sempre uma data muito boa, mas neste ano teve vendas bem fracas devido à pandemia, acreditamos que iremos vender cerca de 50% menos que no ano anterior”, destacou.
Já o empresário Lino Lopes está bem mais otimista, e acredita que benefícios como o auxílio emergencial, repassado para grupos como o dos trabalhadores informais e cidadãos de baixa renda, irão incentivar o consumo e ajudar os clientes na compra do presente para os pais. “É uma data de grande significado para as famílias, o dia dos pais representa muito da expectativa de aumento de venda em comemoração à data. Ainda que seja um ano atípico, devido a pandemia, a expectativa de vendas é positiva, principalmente pelo auxílio emergencial e linhas de crédito, que têm se mostrado eficazes na questão de manter as atividades econômicas básicas aquecidas, dando certo fôlego de liquidez nesse momento de dificuldade para todos”, destacou.
Lino também falou de como a crise chegou de formas diferentes aos diversos setores da economia, e lembrou que em alguns, há expectativa de alta na demanda, mas também ressaltou que o consumidor, nas circunstâncias atuais, gasta de forma comedida, e que isso pode representar um investimento menor na compra do presente para o papai. “A crise econômica atingiu de forma diferente alguns setores, sendo que alguns foram até beneficiados. Há setores como o de alimentação e tecnologia, onde a expectativa é até de crescimento, enquanto em outros é de redução, ou, de manter os índices de venda do ano anterior. Acredito que o comportamento do consumidor, de modo em geral, está mais cauteloso que nos anos anteriores, o que pode refletir em um ticket médio, de valor menor. Mas isso não quer dizer que as vendas não possam surpreender positivamente, visto que há muitas alternativas de crédito parcelado e as ações de incentivo econômico, que estão dando bom ânimo para o consumo das famílias”, finalizou.

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Mais um dia dos pais se aproxima, e desta vez, a data especial vai acontecer em meio a um cenário atípico, devido a pandemia do novo coronavírus. Mesmo sendo uma grande oportunidade para o comércio, o dia dos pais desse ano gera diferentes sentimentos nos empresários locais, e, até mesmo os otimistas, estão com os pés no chão ao falarem das expectativas.
A lojista Eunice Terezinha Lauber, por exemplo, cita o medo de comprar e de gastar com o qual os consumidores estão convivendo ultimamente. “Para falar a verdade, a expectativa não é boa. As pessoas estão com medo de comprar, e com a crise ocasionada pelo vírus piorou. No começo do ano já estava bem ruim, depois ficamos parados por um tempo, e cada vez mais sentimos a situação complicar”, descreveu ela.
A empresária também contou à reportagem que o dia das mães, que é considerado por muitos como o segundo Natal do ano para o comércio, já não teve vendas muito animadoras. “Tenho vinte anos de experiência no comércio, e esse com certeza foi o pior. Eu não tenho nem feito estoque de produtos, porque está indo tudo muito devagar”, destacou.
A previsão de vendas também foi feita com moderação pelo gerente da loja de bolsas e calçados, Orly Cardoso. Conforme explicou ele, o dia das mães deste ano não teve vendas tão volumosas, com base nisso, o que se espera para o dia dos pais é um movimento menor, com vendas caindo até pela metade. “Nesta época tínhamos um bom movimento, mas agora com a pandemia está bem difícil. Assim, como no dia das mães, que é sempre uma data muito boa, mas neste ano teve vendas bem fracas devido à pandemia, acreditamos que iremos vender cerca de 50% menos que no ano anterior”, destacou.
Já o empresário Lino Lopes está bem mais otimista, e acredita que benefícios como o auxílio emergencial, repassado para grupos como o dos trabalhadores informais e cidadãos de baixa renda, irão incentivar o consumo e ajudar os clientes na compra do presente para os pais. “É uma data de grande significado para as famílias, o dia dos pais representa muito da expectativa de aumento de venda em comemoração à data. Ainda que seja um ano atípico, devido a pandemia, a expectativa de vendas é positiva, principalmente pelo auxílio emergencial e linhas de crédito, que têm se mostrado eficazes na questão de manter as atividades econômicas básicas aquecidas, dando certo fôlego de liquidez nesse momento de dificuldade para todos”, destacou.
Lino também falou de como a crise chegou de formas diferentes aos diversos setores da economia, e lembrou que em alguns, há expectativa de alta na demanda, mas também ressaltou que o consumidor, nas circunstâncias atuais, gasta de forma comedida, e que isso pode representar um investimento menor na compra do presente para o papai. “A crise econômica atingiu de forma diferente alguns setores, sendo que alguns foram até beneficiados. Há setores como o de alimentação e tecnologia, onde a expectativa é até de crescimento, enquanto em outros é de redução, ou, de manter os índices de venda do ano anterior. Acredito que o comportamento do consumidor, de modo em geral, está mais cauteloso que nos anos anteriores, o que pode refletir em um ticket médio, de valor menor. Mas isso não quer dizer que as vendas não possam surpreender positivamente, visto que há muitas alternativas de crédito parcelado e as ações de incentivo econômico, que estão dando bom ânimo para o consumo das famílias”, finalizou.

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