​Indústrias de laticínios ampliam a importância da cadeia do leite no Paraná

​Indústrias de laticínios ampliam a importância da cadeia do leite no Paraná

Agência Estadual de Notícias

O Paraná é o segundo estado que mais produz leite no Brasil. Boa parte desta produção está ligada às cooperativas que, segundo a Ocepar, possuem oito agroindústrias de laticínios. Na série de reportagens que está mostrando produtos feitos no Paraná, vamos conhecer mais sobre a produção leiteira paranaense. 

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/2018), o Paraná, segundo maior produtor do Brasil, atinge anualmente 4,4 bilhões de litros. Em dez anos – entre 2008 e 2018 –  a produção paranaense se elevou em 55%, saindo de 2,8 bilhões de litros para 4,4 bilhões ao ano.

A região Sudoeste é a maior produtora de leite em volume. Já a região dos Campos Gerais, que compreende os municípios de Castro, Carambeí, Palmeira e Arapoti, é a que apresenta maiores índices de produtividade, com cerca de 10 mil litros de leite por vaca, anualmente.

O uso de tecnologias de ponta na produção implica na alta produtividade que, aliada à genética, torna a região referência para os rebanhos de todo o país.

A Unium, empresa que reúne as cooperativas Frísia, Casal e Castrolanda, tem a unidade de produção de leite e derivados instalada em Castro. Trata-se do terceiro maior laticínio do Brasil. As três cooperativas reúnem 1293 produtores e captam diariamente cerca de 2,4 milhões de litros do produto.

De acordo com Rogério Wolf, coordenador comercial de lácteos da Unium, a matéria-prima de altíssima qualidade, além de abastecer a própria agroindústria da cooperativa, também é vendida para diferentes produtores de laticínios, como Nestlé, Italac, Piracanjuba.

Na fábrica paranaense é produzido o leite Naturale que, segundo Wolf, é o primeiro do Brasil sem aditivos. Os produtos feitos pela Unium são consumidos sobretudo pelos mercados paranaense, paulista e catarinense.

A cooperativa Frimesa, além da grande produção de carnes, tem forte atuação na produção de derivados de leite.  Processa um milhão de litros diariamente, matéria-prima base dos produtos de valor agregado como creme de leite, manteiga, queijos e iogurte, o foco da Frimesa.

SELO DE PROCEDÊNCIA – Em Palmeira, a cooperativa Witmarsum mantém uma fábrica que produz queijos finos. De acordo com Artur Sawatzky, diretor-presidente da cooperativa, a unidade produtora de queijos – que emprega 33 pessoas – produz cerca de 30 toneladas por mês.

“Aqui produzimos queijos com maior valor agregado. Para garantir a qualidade do produto, dos 43 fornecedores de leite da cooperativa, apenas cinco fornecem para produção dos queijos”, explica Sawatzky.

É a primeira cooperativa do Paraná com selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), emitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, que avalia a qualidade na produção de alimentos de origem animal comestíveis ou não comestíveis. Além disso, o queijo Colonial produzido pela cooperativa recebeu certificação de Indicação Geográfica (IG) concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

Na unidade em Palmeira são feitos 11 tipos de queijos, que recebem a marca Witmarsum. O leite Cancela, marca mais antiga, atualmente está sendo envasado fora da unidade. No entanto, a fábrica está passando por uma ampliação e, a partir de janeiro, a cooperativa voltará a envasar leite, produzir creme de leite, manteiga e requeijão cremoso.

Além disso, a cooperativa mantém uma fábrica de rações, que produz cerca de três mil toneladas de produtos por mês, para atender produtores de bovinos de leite. 

De acordo com Sawatzky, todos os produtos recebem a indicação “Somos Coop” na embalagem. “Precisamos divulgar mais o que fazemos, para que o consumidor saiba quer são produtos de cooperativas, que são feitos por um conjunto de pessoas, que um número grande de produtores é beneficiado”.

Para Sawatzky, a Witmarsun tem a vantagem de estar perto de Curitiba e a região onde está instalada acaba recebendo muitos turistas, principalmente nos finais de semana. “Montamos uma loja da fábrica, onde estão disponíveis todos os nossos produtos. Administramos também um centro de informação ao turista. E quando o turista vem aqui, compra e gosta de um produto, ele é informado onde aquele produto pode ser encontrado na cidade. Tudo isso faz com que nossos produtos se tornem mais conhecidos do público”, avalia.

FEITO NO PARANÁ – Criado pelo Governo do Estado, o projeto busca dar mais visibilidade para a produção estadual. O objetivo é estimular a valorização e a compra de mercadorias paranaenses. O projeto foi elaborado pela Secretaria do Planejamento e Projetos Estruturantes e quer estimular a economia e a geração de renda. Empresas paranaenses interessadas em participar do programa podem se cadastrar pelo site www.feitonoparana.pr.gov.br

Redação Página 1

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