Nada de ‘Mamãe Falei’

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Mais do que celebração e enaltecimento, o Dia Internacional da Mulher é uma data de reflexão e de colocar na balança os avanços e retrocessos sobre a tão sonhada igualdade de gênero. A inclusão da mulher no mercado de trabalho avançou, mesmo que não seja na velocidade desejada ou necessária, mas o salário ainda é desigual. As frentes de luta por direitos iguais não param e não devem parar, mas ainda há muito a ser feito. É só analisar as estatísticas e ver que somos campeões em violência contra a mulher na comparação com países não tão desenvolvidos. E são violências de todo o tipo, não somente financeiras e físicas.

A violência contra a mulher é movida por um sentimento, mas está longe de ser amor. Só o sentimento de posse ou de superioridade (de força física, na maioria dos casos) que justifica números tão alarmantes. E se aqui se está longe do mínimo aceitável, lá fora, diante de uma guerra absurda, quem deveria dar exemplo, simplesmente diz que “as mulheres são fáceis, porque são pobres”, palavras de um deputado estadual de São Paulo com relação as mulheres ucranianas.

O mundo não precisa disso, muito menos dessas pessoas.

O ‘Mamãe falei’ deve ser extipardo da face da terra.

Quanto a ‘elas’, nosso reconhecimento nesse 8 de Março.

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