A renúncia de Moacyr Elias Fadel à prefeitura de Castro, ocorrida apenas dois dias após a inauguração da nova rodoviária, constitui um marco que não apenas simboliza uma transição política, mas também escancara um problema de gestão e planejamento que afeta a cidade há dois anos. Esta coincidência de eventos merece uma análise mais aprofundada, especialmente à luz dos recentes desenvolvimentos e do silêncio que envolve a não operacionalização do Terminal Rodoviário Intermunicipal Dr. Lauro Lopes.
Em 29 de março de 2022, a gestão municipal celebrava a conclusão de uma obra significativa para o município de Castro, prometendo melhorar a mobilidade urbana e regional com um investimento superior a R$ 5 milhões. No entanto, o legado desta inauguração foi um complexo vazio e inutilizado, que não viu a chegada do seu primeiro ônibus. O problema em torno do único acesso ao terminal, além da necessidade de desapropriações no entorno, revela uma falha grave no planejamento e execução do projeto.
Embora as razões oficiais para a renúncia de Moacyr esteja relacionada a disputa de um outro cargo público, é impossível ignorar a proximidade temporal com a “inauguração” da rodoviária e as implicações que isso trouxe para a administração subsequente. Este momento, emblemático por natureza, destaca a importância de responsabilidade e continuidade na gestão pública.
O silêncio da administração municipal, tanto na gestão de Fadel quanto na atual, quanto às razões efetivas para o não funcionamento do terminal rodoviário, e a falta de respostas claras à imprensa e à população, amplificam a sensação de descaso. E tudo fica por isso!