EDITORIAL: TRÂNSITO EXIGE PLANEJAMENTO

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A recente aprovação do requerimento do vereador Professor Pandorff, solicitando a instalação de um semáforo na rotatória da Tratornew, coloca em foco uma discussão urgente e maior do que um único ponto de conflito no trânsito de Castro: a necessidade de um planejamento técnico e estruturado para a mobilidade urbana da cidade. A proposta, encaminhada à Prefeitura e ao Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), busca mitigar os riscos de acidentes e melhorar o fluxo em uma das principais vias de acesso ao município. No entanto, o debate travado entre os parlamentares deixa claro que o problema exige soluções mais amplas.
O crescimento urbano e econômico de Castro, com a chegada de novos empreendimentos como o Max Atacadista, vem pressionando uma malha viária que há tempos apresenta sinais de saturação. A Avenida Prefeito Dr. Ronie Cardoso, que dá acesso a essa rotatória crítica, é reflexo de um sistema que tenta responder a uma cidade em transformação com recursos ainda limitados e, por vezes, improvisados. A instalação de um semáforo pode ser uma resposta emergencial, mas, como alertou o vereador Levi Napoli, não pode ser vista como solução definitiva — sob o risco de apenas deslocar o problema para outros pontos da malha urbana.
A proposta de um contorno sul e a criação de rotas alternativas, como defendida por Levi, precisa ser encarada com seriedade pelos gestores públicos. O direcionamento do tráfego pesado e de longa distância para vias de escape fora do centro urbano não é uma inovação — é uma prática consolidada em cidades que buscam conciliar crescimento com qualidade de vida. Sem isso, Castro corre o risco de ver seu progresso emperrado por congestionamentos diários, aumento de acidentes e degradação da mobilidade urbana.

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