A ressaca moral depois de todos os acontecimentos pós 8 de janeiro, quando milhares de pessoas ocuparam a Praça dos Três Poderes em Brasília, está atordoando até mesmo os mais otimistas. Como se não bastasse a régua da justiça medir com o mesmo rigor manifestantes pacíficos e vândalos; manter presas, em um ginásio, por mais de 24 horas, mais de 1000 pessoas, entre elas, crianças e idosos, precisa agora, punir, com os ‘rigores da lei’, todos os que ‘supostamente’ tenham financiado as caravanas que saíram de todos os cantos do país.
A conta chegou para pessoas e empresas que estão na lista divulgada pela Advocacia Geral da União (AGU), no início da tarde desta quinta-feira (12). O Sindicato Rural de Castro apareceu na relação por supostamente ter financiado atos ‘antidemocráticos’. Em resposta ao Página Um News o presidente disse que a entidade respeita e defende os valores democráticos e a Constituição. Agora nos resta esperar os desdobramentos de mais essa questão. Contudo, neste cenário caótico, polarizado e até ‘desumano’ que se instalou, qualquer especulação será mera aposta.
