A lição dolorosa de um esquecimento inaceitável

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O episódio registrado em Castro, em que uma criança de apenas quatro anos foi esquecida dentro de uma van escolar e acabou encontrada caminhando sozinha por uma rua da cidade, expõe uma falha grave que não pode ser tratada como mero descuido. Trata-se de um alerta contundente sobre a responsabilidade que envolve o transporte de estudantes, sobretudo de crianças tão pequenas e vulneráveis.

Felizmente, o desfecho não trouxe consequências físicas para o menino, que foi resgatado em segurança por moradores atentos. Mas o risco foi real: em situações como essa, qualquer detalhe poderia ter transformado um esquecimento em tragédia. Não se trata apenas de negligência individual, mas de uma cadeia de cuidados que falhou, desde a conferência das crianças no embarque até a verificação no desembarque.

O caso precisa ser apurado com rigor. A confissão do motorista, que admitiu ter deixado o menino no veículo, não apaga a gravidade do ocorrido. Cabe às autoridades avaliar se houve crime de abandono de incapaz ou exposição ao perigo, além de reforçar a necessidade de protocolos rígidos para evitar que situações semelhantes se repitam. A confiança das famílias no transporte escolar é um pilar da rotina diária — sem ela, a tranquilidade de pais e mães fica comprometida.

Mais do que punições, o episódio deve gerar reflexão e mudanças. Treinamentos, fiscalização e sistemas de controle são medidas essenciais para garantir que cada criança embarque e desembarque com segurança. Pequenos procedimentos, como a checagem de assentos ao final do trajeto, podem salvar vidas.

Se há algo que este triste episódio ensina, é que não existe espaço para descuidos quando se trata de crianças.

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