Mark Zuckerberg anuncia que verificadores de conteúdo serão substituídos na Meta

Menlo Parl (CA) – A Meta, gigante das redes sociais e com sede em Menlo Park, na Califórnia (EUA) anunciou que encerrará seu programa de verificação de fatos nos Estados Unidos. O fundador e CEO da empresa, Mark Zuckerberg, comunicou nesta terça-feira (7) nas redes sociais que os verificadores de conteúdo serão substituídos por notas da comunidade, semelhantes às do X (antigo Twitter), inicialmente nos Estados Unidos. Segundo Zuckerberg, a decisão visa retornar às raízes da liberdade de expressão, destacando que o programa atual tem gerado muitos erros e censura.

O diretor-executivo da Meta afirmou que os verificadores de fatos têm sido politicamente parciais, causando mais desconfiança do que confiança, especialmente nos Estados Unidos. O anúncio reflete críticas frequentes dos republicanos e do proprietário do X, Elon Musk, que consideram os programas de verificação de fatos uma forma de censura. Musk argumentou que as eleições recentes de 5 de novembro marcaram um ponto de inflexão cultural para priorizar novamente a liberdade de expressão.

A mudança de estratégia ocorre enquanto o CEO da Meta busca se reconciliar com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, incluindo uma doação de US$ 1 milhão (R$ 6,1 milhões na cotação atual) para seu fundo de posse. Trump assumirá o cargo na Casa Branca em 20 de janeiro.

Atualmente, a Agence France-Presse colabora com o programa de verificação de conteúdo do Facebook em 26 idiomas, e a plataforma paga para utilizar as verificações de cerca de 80 organizações ao redor do mundo em suas redes sociais, incluindo WhatsApp e Instagram.

imagem: reprodução Instagram