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As ações da Secretaria de Estado da Saúde no primeiro quadrimestre de 2021 foram apresentadas nesta quarta-feira (9) na Comissão de Saúde Pública da Assembleia Legislativa do Paraná. O destaque foi o enfrentamento da Covid-19.
Nesse período, a pasta assegurou R$ 1,3 bilhão em investimentos e custeio na área, o equivalente a 10,2% do orçamento anual do Estado. A previsão legal é que a aplicação na Saúde, no exercício de um ano, corresponda a no mínimo a 12%.
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, fez um balanço das medidas. “O cenário da pandemia muda constantemente e o Governo do Estado não tem medido esforços para proporcionar atendimento a todos os paranaenses infectados pela doença”, disse.
Ele ressaltou a criação dos mais de 4,8 mil leitos exclusivos Covid-19, sendo 2 mil UTIs e mais de 2,8 mil enfermarias, que representam cerca de 48 hospitais de campanha com ao menos 100 leitos cada. É a maior estruturação hospitalar já executada na história do Estado, posibilitando atendimento de mais de 86 mil pessoas.
“Seguindo a orientação do governador Ratinho Junior, optamos pela criação de leitos exclusivos dentro da rede hospitalar já existente para reforçar o atendimento regionalizado e proporcionar investimentos permanentes nos serviços”, afirmou.
Beto Preto também disse que o Paraná é o sexto estado do País que mais aplicou vacinas contra a Covid-19 porque conta com uma logística de distribuição dos imunizantes de aproximadamente 24 horas entre o recebimento das doses pelo Estado e o envio aos municípios. Já foram aplicadas 4.107.914 doses de vacina contra a doença até a manhã desta quarta-feira (9).
Gestantes
O secretário também falou sobre o crescente número de óbitos em gestantes causadas pelo novo coronavírus. Cerca de 63% dos óbitos maternos são suspeitos da doença. Segundo Beto Preto, embora o Estado possua um controle rígido dos casos, com reforço de medidas restritivas, essas mulheres têm se contaminado porque o vírus está em transmissão comunitária.
“Os dados mostram que o vírus está atingindo cada vez mais gestantes e a vacinação destas mulheres é, sem dúvida, muito importante e ajudará a salvar tanto a vida delas quanto dos seus bebês. Por isso, estamos provocando uma discussão junto com outros estados e municípios para retomarmos a vacinação das gestantes, mesmo sem comorbidades, visto que este grupo possui prioridade na vacinação”, ressaltou.
A Sesa também apresentou os dados referente à mortalidade materna e infantil no Paraná, tendo como objetivo reduzir a razão da mortalidade materna para 36,49% – atualmente em 78,3% – e baixar a taxa de mortalidade infantil por mil nascidos vivos dos atuais 10,3 para 10,1.
“Gostaria de cumprimentar a equipe da Secretaria por não politizar o tema e conduzir as ações com serenidade, de fato isso é muito importante e as ações têm sido tratadas com muito cuidado neste aspecto, diferente do que é observado no País”, disse o deputado estadual Evandro Araújo.
Rede de atenção
O fortalecimento da Rede de Atenção à Saúde também foi destacado durante a apresentação. A Secretaria realizou ações para evitar o desabastecimento de medicamentos elencados no chamado “kit de intubação”, mantendo uma média de pelo menos um envio semanal para hospitais do plano de atendimento Covid-19 e aos municípios.
Também monitorou o uso do oxigênio nas unidades hospitalares de todo o Estado e criou uma rede para doações e envio destes insumos para as regiões mais afetadas, possibilitando que nenhum paciente ficasse desassistido.
No primeiro quadrimestre do ano, mais de mil equipamentos foram enviados aos municípios, somando R$ 20,5 mil em investimentos. A Sesa também desenvolveu uma estratégia inovadora de testagem e cuidado aos idosos, além de intensificar a manutenção e a atenção a este grupo após a vacinação, com o lançamento de campanha digital para reforço das medidas de prevenção.
O Laboratório Central do Estado (Lacen/PR) realizou 33.969 exames RT-PCR neste período para detecção do vírus Sars-CoV-2 e de outros vírus respiratórios simultaneamente, como diagnóstico diferencial para a Covid-19, de casos graves, óbitos, gestantes e unidades sentinelas. O Estado como um todo já realizou mais de 2,9 milhões de testes.