Reajuste na bandeira tarifária da conta de luz pesa no bolso do consumidor e revela crise hídrica enfrentada pelo país

Reajuste na bandeira tarifária da conta de luz pesa no bolso do consumidor e revela crise hídrica enfrentada pelo país

Luana Dias

A partir deste mês de julho consumidores de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN) das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte do Norte, irão pagar mais caro na conta de luz. Os índices de reajuste no valor da bandeira tarifária foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), no final de junho.

O aumento mais significativo é o da bandeira vermelha 2, que já está acionada e deve permanecer vigente até final deste ano, conforme previsão da própria Aneel. O valor de cada 100 quilowatt-hora (kwh) consumidos passa de R$ 6,24 para R$ 9,49, ou seja, um reajuste de 52%.  Já o valor para o consumo de cada 100 kWh na bandeira vermelha patamar 1, passa a ser de R$ 3,971. No caso da bandeira amarela o novo valor é de R$ 1,874 a cada 100 kWh, e a bandeira verde é gratuita desde 2015.

A cor da bandeira é definida mensalmente e aplicada na conta de todos os consumidores do SIN. Quando as bandeiras passam para as cores amarela e vermelha – patamar 1 ou 2, significa que haverá acréscimo no valor a ser pago. Essa definição é feita com base na avaliação das condições de operação do sistema de geração de energia elétrica, feita pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Em resumo, as bandeiras tarifárias representam custos que fazem parte do processo de geração da energia elétrica que abastece residências, empresas, escolas, estabelecimentos comerciais, indústrias e demais consumidores.

Entenda as cores das bandeiras tarifárias

Quando a conta da luz é cobrada sobre a bandeira tarifária verde não há acréscimo de valores, porque as condições hidrológicas estão favoráveis para a geração de energia, já a bandeira amarela significa que a geração de energia ficou mais cara, devido a condições menos favoráveis, e a partir do novo reajuste, há acréscimo de R$ 1,874 para cada 100 kWh consumidos. No caso das bandeiras vermelhas, patamares 1 e 2, o acréscimo na conta é ainda maior. O acionamento da bandeira vermelha e consequente cobrança de taxa extra ocorre quando há baixa incidência de chuva na maior parte do país e os níveis de armazenamento de água nos reservatórios de hidrelétricas estão baixos, o que impõe o acionamento de mais usinas termelétricas para a geração de energia a partir da queima de combustíveis. Esse mecanismo economiza a água dos reservatórios, mas torna a produção da energia mais cara e exige mais recursos para o pagamento desses custos extras.

Redação Página 1

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