Prefeitura de Arapoti se posiciona sobre greve dos motoristas e operadores e reforça compromisso com responsabilidade fiscal
Vinicius Fontes
Arapoti – A gestão municipal divulgou uma nota oficial nesta semana para esclarecer os desdobramentos da paralisação iniciada por motoristas e operadores de veículos vinculados ao serviço público municipal de Arapoti. O movimento grevista, que vem ganhando força desde o início de julho, gira em torno da reivindicação por reajuste salarial da categoria.
De acordo com o Executivo, a insatisfação dos servidores já vinha sendo acompanhada desde o ano passado. No início de 2025, representantes do sindicato da categoria, acompanhados por advogados e vereadores, entregaram formalmente um conjunto de demandas salariais. A administração afirma que analisou todos os pontos apresentados e respondeu com base em critérios técnicos e legais.
A nota enfatiza que a reposição inflacionária e as progressões na carreira estão em dia, conforme determina a legislação vigente. Além disso, uma pesquisa de mercado foi realizada com municípios da região, apontando que os salários pagos em Arapoti estão dentro da média. Segundo os dados levantados, aproximadamente 75% dos motoristas e operadores recebem remuneração acima de R$ 5 mil, considerando todas as verbas somadas.
A Prefeitura também destacou que, embora entenda os pleitos dos trabalhadores, qualquer reajuste precisa respeitar os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. “Qualquer aumento nas despesas de custeio do município deve ser cuidadosamente analisado para que seja financeiramente sustentável e esteja em conformidade com os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal”, diz o comunicado.
No último mês de maio, uma reunião entre representantes do Executivo, sindicato e legislativo resultou em um compromisso: assim que a situação financeira permitir, o reajuste será concedido. A promessa foi formalizada em ata.
Mais recentemente, ainda neste mês, o sindicato apresentou novo pedido, desta vez solicitando reajuste de 18% no salário base — valor reduzido em relação aos 30% inicialmente propostos. A Prefeitura afirma que o pedido foi submetido à análise jurídica e orçamentária, que concluiu pela inviabilidade do aumento neste momento.
Apesar disso, o Sindicato dos Servidores Municipais informou que propôs alternativas para tentar atender a categoria de forma escalonada: uma opção prevê reajuste de 6% agora e mais 12% em seis meses; outra, 12% em seis meses e os 6% restantes dentro de um ano; e, por fim, a possibilidade de conceder os 18% de forma imediata, conforme decisão do sindicato.
A gestão do prefeito Irani Barros reiterou que permanece aberta ao diálogo e busca soluções equilibradas para garantir tanto os direitos dos servidores quanto a estabilidade fiscal do município.