No dia do orgulho autista, PM destaca evolução de criança com TEA atendida por projeto de equoterapia em Ponta Grossa
Da Redação
Ponta Grossa – No Dia do Orgulho Autista, celebrado nesta quarta-feira (18), o 1º Batalhão de Polícia Militar (1º BPM), com sede em Ponta Grossa, trouxe à tona uma história de superação que simboliza o impacto transformador da equoterapia no desenvolvimento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Trata-se de um dos praticantes do Projeto de Equoterapia da corporação, que iniciou os atendimentos aos seis anos de idade. Diagnosticada com TEA, a criança enfrentava dificuldades motoras, especialmente na coordenação motora fina, o que comprometia habilidades básicas como o simples ato de segurar um lápis para escrever.
Segundo a equipe multidisciplinar que conduz o projeto, composta pelo 2º Sargento Ely (psicomotricista), Cabo De Paula (psicólogo) e Soldado Murilo (fisioterapeuta), os resultados começaram a aparecer nos primeiros meses de acompanhamento. “Uma das principais evoluções foi justamente na firmeza das mãos e na qualidade dos traçados, reflexo direto da melhora da coordenação motora”, relatam.
A equoterapia é uma abordagem terapêutica que utiliza o movimento do cavalo para promover ganhos físicos, sensoriais, emocionais e cognitivos. No caso de crianças com TEA, a técnica se mostra especialmente eficaz. A movimentação tridimensional do cavalo exige que o praticante faça ajustes posturais constantes, ativando o chamado core — conjunto de músculos da região abdominal, lombar, pélvica e dos quadris.
Esse fortalecimento corporal proporciona mais equilíbrio e estabilidade ao tronco, o que se traduz em maior controle dos braços e das mãos. Como resultado, há melhora na escrita, que se torna mais fluida, legível e organizada.
Além dos avanços físicos, os atendimentos também promovem ganhos em autoestima, foco e interação social. Para os profissionais envolvidos, cada sessão é mais do que uma atividade terapêutica: é um passo em direção à autonomia e à inclusão.