Governador anuncia laboratório de biotecnologia do leite e solução europeia para o agro

Ratinho Junior lançou as iniciativas durante a Agroleite 2025, em Castro, nos Campos Gerais. Investimento no laboratório será de R$ 20 milhões, com recursos do Estado.

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AEN

Castro – O governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou nesta quinta-feira (7), durante a Agroleite 2025, em Castro, nos Campos Gerais, novos investimentos em inovação para a cadeia leiteira do Paraná e o setor agro do Estado. Um dos projetos é a criação de um laboratório de biotecnologia do leite, que contará com aporte estadual de R$ 20 milhões. Também foi confirmada a instalação da primeira fábrica brasileira da tecnologia SteriCerto, voltada ao controle biológico de pragas e doenças nas lavouras.

Segundo o governador, as iniciativas reforçam a estratégia do Estado de promover uma agricultura mais tecnológica, sustentável e com maior valor agregado, beneficiando especialmente os pequenos produtores e cooperativas.

“Hoje firmamos mais um acordo importante para o Parque Tecnológico do Leite, ampliando os investimentos que já vinham sendo feitos desde o ano passado. Teremos aqui o laboratório mais moderno do Brasil para pesquisa em derivados lácteos, uma estrutura que vai beneficiar não apenas o Paraná, mas todo o setor da pecuária leiteira nacional, que é um grande gerador de empregos no país”, afirmou Ratinho Junior.

“A proposta é melhorar cada vez mais a qualidade dos nossos produtos, investir em genética, desenvolver novos itens e agregar valor à cadeia produtiva. A Agroleite também reflete esse avanço: no ano passado foram 330 expositores e neste ano já são 370, com uma movimentação econômica bilionária em apenas quatro dias. É uma feira consolidada, que orgulha o Paraná”, acrescentou o governador.

Equipamentos de ponta

O novo laboratório, batizado de Plataforma de Biotecnologia no Leite (PNB Leite), será instalado no Parque Tecnológico Agroleite. O investimento de R$ 20 milhões, viabilizado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), será destinado à aquisição de equipamentos de ponta para estruturação da unidade.

A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) será responsável pela gestão técnico-científica do laboratório, coordenando as atividades de pesquisa em parceria com instituições e empresas do ecossistema agroindustrial. A construção do edifício ficará a cargo da Cooperativa Castrolanda, com cessão em regime de comodato. A expectativa é que a obra tenha início em 2026 e a operação comece em 2027.

A proposta, de acordo com o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, é desenvolver soluções tecnológicas que aumentem a competitividade da cadeia leiteira, com foco especial na realidade dos pequenos produtores, contribuindo para elevar a rentabilidade, a produtividade e a sustentabilidade no campo.

“A parceria com a Castrolanda nos permitiu avançar rapidamente em temas estratégicos como sanidade, nutrição e genética animal. Agora, estamos conectando instituições de excelência, como a UEPG, que lidera o projeto, e a Universidade Federal do Paraná, para instalar um laboratório de bioprocessos voltado ao desenvolvimento de novos produtos biotecnológicos derivados do leite, como alimentos funcionais e probióticos”, explicou.

Tecnologia europeia

Também foi anunciada a implantação da primeira fábrica brasileira da tecnologia SteriCerto, resultado de uma parceria internacional entre o Governo do Paraná, por meio do Tecpar, o Consulado-Geral da Hungria em São Paulo e a empresa Ferticerto Soluções Orgânicas.

O SteriCerto é um condicionador vegetal desenvolvido a partir de água submetida a um processo tecnológico que modifica sua estrutura molecular, conferindo propriedades sanitizantes, antifúngicas e bactericidas, sem uso de químicos ou geração de resíduos tóxicos. A tecnologia foi validada para uso em diferentes cultivos no Brasil, mostrando eficácia no combate a pragas e doenças e no aumento da resistência natural das plantas.

Com a instalação da fábrica no Paraná, o produto passará a ser fabricado em escala industrial, ampliando o acesso dos produtores rurais à agricultura de base biotecnológica e reduzindo a dependência de defensivos químicos.

“Estamos ampliando, junto com a Castrolanda, a testagem de um sanitizante vegetal desenvolvido na Hungria e que será avaliado quanto ao seu potencial de uso na pecuária, especialmente no combate à mastite. Essa integração entre ciência, inovação e setor produtivo mostra a força do sistema estadual de ciência e tecnologia e reforça o compromisso do Governo do Paraná com o desenvolvimento sustentável e a geração de valor no campo”, detalhou o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

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