Matheus de Lara
Nesta terça-feira (27), a reportagem do Página Um News recebeu denúncia de que a Unidade de Pronto Atendimento, UPA de Castro, teria apenas um médico atendendo, isso pouco antes das 13 horas. A pessoa relatou, também, que a informação da falta de médicos, veio através de uma conhecida que “estava aguardando atendimento e escutou a conversa das enfermeiras”. A fonte anônima enviou imagens de pessoas que aguardavam do lado de fora, encostadas na parede, e reclamou da ausência da tenda, muito útil nos períodos de chuva e calor intenso.
Ainda nas denúncias, disse que durante a manhã foi duas vezes na UPA. Primeiro deu carona a um paciente e depois voltou por causa de sua conhecida. Descreveu por áudio que “em conversa com pessoas, elas tem medo de confirmar, mas estava um inferno lá dentro, tinha um médico só, mas dizem que tem mais atendendo, ou seja, isso é revoltante”.
Para esclarecer os fatos, a reportagem ouviu a secretária municipal de Saúde, Maria Lidia Kravutschke, que explicou que jamais a UPA estaria cheia de pacientes e faltando médicos para atendimento. De acordo com ela, são cinco médicos clínicos atendendo todos os dias (manhã e tarde), sendo quatro no corredor e um na emergência. “Na hora do almoço sai dois, depois mais dois e por último mais um. Inclusive o último que saiu para o almoço foi às 14h30”.
Sobre o turno, no período da noite e madrugada, a secretária aponta que “quatro médicos ficam das 19 horas às 22 horas, três até meia-noite e depois dois”. Maria Lidia explica que até às 12 horas desta terça-feira (27), 93 pacientes foram atendidos, não incluindo os de urgência.
Em conversa com uma técnica de enfermagem que trabalha na unidade, também afirmou que haviam cinco médicos trabalhando.
Maria Lídia destaca que a informação da denúncia não procede. “Levando em conta o horário de todas as mulheres que consultaram, cada uma consultou dentro de seu tempo de espera, de acordo com o Ministério da Saúde”.
A reportagem esteve na UPA, e constatou que algumas pessoas realmente estavam do lado de fora, mas estariam aguardando algum paciente ou esperando ser atendida. Sobre isso, a secretária disse que é normal, “muitos são acompanhantes, tem gente que vai e leva a família, ou seja, tudo está dentro da normalidade”. Se haveria tenda por causa da chuva, disse que só foi colocada no período da Covid-19.
A secretaria enfatiza, também, que a senhora que estaria esperando ser atendida, pode ter reclamado da espera de atendimento, mas referente a essa questão, o protocolo do Ministério da Saúde é quem determina qual estado de gravidade é de cada paciente. Lídia disse que “o azul a espera de até quatro horas, vermelho o atendimento imediato, amarelo de até uma hora e verde de até duas horas”. Há, também o laranja que pode levar até 10 minutos para ser atendido. De acordo com a classificação, azul é não urgente, vermelho é atendimento imediato, amarelo urgente, verde pouco urgente e laranja muito urgente.
Foto 1: Matheus de Lara; Foto 2 e 3: Divulgação
