Da assessoria
Ponta Grossa – O Círio de Nazaré é celebrado há mais de dois séculos, sendo uma das mais antigas e expressivas manifestações do Brasil. A devoção a Nossa Senhora de Nazaré foi crescendo ao longo dos anos, transformando o Círio em um símbolo de fé, esperança e gratidão, atraindo milhões de fiéis. Reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco, o Círio acontece em Belém (PA) desde o dia 8, como forma de prestigiar a Rainha da Amazônia. O tema deste ano é ‘Perseverar na oração com Maria, Mãe de Jesus’, em alusão ao Ano da Oração convocado pelo Papa Francisco como forma de preparação para o grande Jubileu da Igreja Católica, em 2025.
O ponto culminante da festividade paraense será em 13 de outubro, o Dia do Círio de Nossa Senhora de Nazaré. Um momento de grande emoção que mobiliza milhares de devotos. O Círio de Nazaré tem sua versão diocesana. Ele acontece na Capela Nossa Senhora de Nazaré, no Jardim Pontagrossense, território da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, a única comunidade com esse título na Diocese. Bem mais modesto, em Ponta Grossa, o Círio reúne cerca de 300 pessoas, nos perto de três quilômetros de seu trajeto.
De acordo com o diácono Jeferson André Kruger Correa, foi padre João Holanda (ex-pároco falecido em 2022, que era de Belém) quem deu a ideia de se realizar a festa aqui. “Por isso, demos o nome da capela de Nossa Senhora de Nazaré, em homenagem a ele”, contou, citando que novenas vem acontecendo desde o dia 4 e, em 12 de outubro, ocorre a procissão do Círio de Nazaré. “É a terceira que acontece na Diocese e do mesmo jeito que é realizada no Pará. Tem o andor com a imagem de Nossa Senhora na frente, com as cordas no seu entorno. O pessoal vai segurando a corda ao caminhar, não larga por nada e, ao final, são cortados pedaços da corda e o devoto leva para casa como recordação e como sinal que a pessoa vai alcançar a graça. Temos relatos de várias graças alcançadas por muitas pessoas”, explica o diácono.
A procissão tem de dois quilômetros e meio a três quilômetros de extensão, passando pelas vilas que compõem o território da capela. Deve durar uma hora e meia. Assim como no Pará, todo o ano, há a troca do manto de Nossa Senhora e ele é confeccionado na mesma cor do usado em Belém. Na missa solene, domingo (13), o manto usado no ano anterior entrará em um quadro e ficará fixado na parede da igreja. Os organizadores contam com a melhora nas condições do tempo no sábado e no domingo para o sucesso da programação. No domingo, depois da missa na matriz da paróquia, às 8 horas, uma cavalgada trará a imagem até a Capela Nossa Senhora de Nazaré. Entre os cavaleiros, estará o pároco, padre Edemar de Sousa.
Padre Edemar e o diácono Jeferson irão celebrar a missa festiva, às 10h30. “Será uma missa sertaneja, fora da igreja. A ideia é que, mesmo com chuva, a programação se mantenha. Caso chova no domingo, a celebração será dentro da capela. Em seguida, será vendido churrasco, a R$ 80 (serve a duas pessoas), com acompanhamento de arroz, farofa e maionese. Até o ano passado, a festa terminava com o almoço. Em 2024, haverá uma tarde festiva, com show de prêmios, sorteando R$ 5 mil, R$ 3 mil e R$ 2 mil, além de três prêmios adicionais de R$ 100. As cartelas são vendidas a R$ 10. Nossa Senhora de Nazaré é festejada no segundo domingo de outubro.