Com retomada do comércio empresários castrenses querem amenizar prejuízos causados pelo lockdown

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Luana Dias

O lockdown que manteve fechadas por mais de uma semana as portas das empresas, cujas atividades são consideradas como não essenciais, termina na manhã desta quarta-feira (10). A determinação pelo fechamento do comércio não essencial, feita pelo governo do Estado e adotada pela prefeitura de Castro, deixou os empresários do município muito descontentes. Todos os comerciantes ouvidos pela reportagem, sem exceção, consideraram a medida injusta, sobretudo, porque consideram que ‘estão pagando a conta’, das festas de final de ano, por exemplo, quando o vírus ganhou espaço para se proliferar ainda mais, com as aglomerações.

Os comerciantes também não concordaram com o período escolhido para o fechamento das empresas, que tiveram de paralisar atividades justamente no início do mês. A época é geralmente aquecida pela entrada de dinheiro no caixa, com os pagamentos de parcelas, feitos pelos clientes, com novas compras e com o pagamento dos funcionários, que acabam injetando parte do salário no comércio local. Outra reclamação está no fato de o aviso não ter ocorrido com antecedência. Como o agravamento da pandemia já vinha ocorrendo no Estado, os empresários defendem uma comunicação que os preparasse para um novo lockdown.

Insatisfeitos, os empresários falam em prejuízos que levarão bastante tempo para serem compensados. Terminado o período de suspensão das atividades, eles assumem a missão de recuperar o tempo perdido, conforme eles mesmo afirmam. Para falar sobre essa recuperação, a reportagem conversou com Lino Lopes, que além de empresário em Castro, é também o presidente da Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Centro do Paraná (Cacicpar).

O empresário explicou que a simples possibilidade de haver uma nova interrupção nas atividades já pode comprometer investimentos, e que a recuperação é algo a ser buscado com o trabalho do decorrer do ano. “Muitos ainda estavam se recuperando do lockdown de um ano atrás, então muitos terão dificuldades. A economia, de um modo geral, já não estava aquecida em alguns setores e ter que enfrentar um lockdown no início do mês é algo bem desgastante. Então penso que não havendo mais lockdown, podemos pensar em uma recuperação das empresas ao longo do ano. Mas o tempo perdido não volta atrás, e só a possibilidade de novo lockdown já é um fato que prejudica investimentos e provoca bastante incertezas ao empreendedor, destacou ele.

Lino também defendeu que um aquecimento mais promissor da economia depende de boa atuação do governo, trabalhando, por exemplo, em reformas necessárias. Segundo ele, o investidor precisa sentir que há segurança na economia. “A recuperação econômica está dependendo muito do andamento e aprovação das reformas orçamentária, tributária e administrativa do Governo. É preciso que haja a perspectiva de estabilidade para a volta mais forte do investimento externo e interno e isso só se consegue com a previsibilidade que boas reformas podem gerar”, finalizou o presidente da Cacicpar.

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