Missa do Crisma reúne padres de toda a Diocese na Catedral

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Da Assessoria

Ponta Grossa – A Missa do Crisma ou dos Santos Óleos na Diocese de Ponta Grossa acontece tradicionalmente na Quinta-Feira Santa, pela manhã, na Catedral Sant’Ana na. Antes, às 8h30, na cripta, uma celebração penitencial reúne todo o clero diocesano e o bispo Dom Sergio Arthur Braschi, proporcionando que os padres, que a tantos ouvem em confissão nesse período, possam também receber o sacramento da reconciliação e se preparar dignamente para a missa e para o Tríduo Pascal. Na celebração da manhã de quinta-feira (6), foi feita a consagração do óleo do Crisma e a benção do óleo dos catecúmenos e dos enfermos, que serão usados durante o ano de 2023. A missa ainda marcou a renovação das promessas sacerdotais dos padres.

De acordo com Sergio são os dois momentos altos da celebração. “Padres vem de todas as paróquias e renovam suas promessas sacerdotais. Estamos no dia em que Jesus instituiu a Eucaristia e, portanto, instituiu o sacerdócio, dizendo ‘fazei isso em memória de mim’. Antes da Missa do Crisma, temos a celebração penitencial na cripta aqui da Catedral para os padres que estão atendendo tantas confissões nesse tempo de Quaresma, também poderem fazer suas confissões. Uma confessa com o outro. É um momento de muita fraternidade, de podemos também participar do sacramento da reconciliação, da misericórdia que é a santa confissão”, ressalta o bispo.

E a Missa do Crisma desse ano começou de modo diferente. Com uma homenagem a Dom Sergio. Padre Martinho Hartmann, coordenador da Pastoral Presbiteral, entregou ao bispo, em nome de todos os sacerdotes da Diocese, uma mitra com seu brasão episcopal. “A Pastoral Presbiteral refletiu, em nome de todos os presbíteros, fazer essa pequena, singela homenagem pelo fato de que ele está celebrando os seus 25 anos de episcopado. Sua ordenação episcopal aconteceu no dia 14 de abril. Então, nós estamos às vésperas desta data e decidimos presenteá-lo com uma mitra. A mitra que tem primeiramente o sentido espiritual de nos apontar o caminho para Deus, levando-nos sempre a trilhar na santidade”, justificou padre Martinho.  

A mitra tem o brasão episcopal de Dom Sergio. “Ele ainda não tinha. Um presente que agradou bastante, que, em nome de todos os padres, demos para ele para homenageá-lo nessa data tão especial na vida dele e tão significativa na vida de cada um de nós e da nossa Diocese, pois ele está há 20 anos nos pastoreando como nosso bispo”, complementou o padre. Com um largo sorriso, dom Sergio experimentou a mitra no altar, colocou-a na cabeça e ficou com ela, agradecendo padre Martinho com um demorado abraço. Aos demais padres agradeceu com um aceno com a cabeça e foi aplaudido. O bispo lembrou os detalhes de seu brasão, do artista que o desenhou, citando seu lema: ‘vida, doçura e esperança’, baseado na oração da Salve, Rainha, “onde a Virgem Maria é exaltada com essas palavras”, explicou.

Ao falar sobre a instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, Dom Sergio refletiu sobre o Ano Vocacional e seu lema, ‘corações ardentes, pés a caminho’, expressão que simboliza a missão universal da Igreja, disse. Ainda se referindo a escolha dos ícones presentes em seu brasão – a cor azul-celeste, a estrela de sete pontas, representando as bem-aventuranças, e a flor de lis, símbolo da Virgem Maria, bem ao centro –  o bispo pediu que nesse Tríduo Pascal os fiéis acompanhem mais atentamente a postura de Maria. “Ela vive todos os momentos, da via-crúcis à cruz. Ela toma parte dos mistérios de Cristo. O acompanhou com fé e amor. Que imitemos Maria, que seguiu seu Filho mesmo não compreendendo, mas aceitando os desígnios de Deus”, argumentou.

O bispo chamou a atenção para o início do Tríduo Pascal, à noite nesta quinta-feira (6), com a missa da Santa Ceia, o Lava Pés; amanhã, a solene ação litúrgica, “que não é missa”, às 15 horas; as procissões e encenações da Paixão promovidas por muitas paróquias na Diocese, e, também o Sábado Santo, a Vigília Pascal. “Insisto que vão para a igreja, levem suas velas para acender no círio pascal e renovem seus batismos”, convidou.

Dom Sergio aproveitou para parabenizar a todos que organizam as encenações da Paixão de Cristo. “Na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, na Vila Cipa, há vários anos, tenho participado. Este ano, vai ser muito bonito, vai ser no gramado da Casa do Menor, mas este ano, fui convidado insistentemente por (pelos coordenadores da encenação em) Irati, onde a encenação completa 25 anos. Vai ser no Estádio Municipal. Estarei lá, depois das celebrações na Catedral. Parabéns a todos que se dedicam, ensaiam durante tantas semanas para tocar o coração e fazer reviver a grande entrega de Jesus, da Sua vida”, enalteceu o bispo.

Preparação

Padre Martinho Hartmann ao comentar sobre a instituição do Ministério Sacerdotal e também da Eucaristia destacou que o padre, dentro de sua vocação ministerial, a qual recebeu como um dom e uma graça de Deus, revive hoje também o que o próprio Cristo instituiu: o sacramento da reconciliação, o sacramento da confissão.

“E hoje em que celebramos o dia do padre, nós, enquanto presbíteros junto com o nosso pastor, o bispo dom Sergio, nos reunimos para termos um momento de renovarmos as nossas promessas sacerdotais, que fizemos no dia de nossa ordenação. Porém, antes, nos preparamos com o sacramento da confissão para nos prepararmos espiritualmente para a renovação das promessas, mas também para o Tríduo Pascal que iremos celebrar em nossas comunidades”, analisou o coordenador da Pastoral Presbiteral.

Fotos: AssCom Diocese de Ponta Grossa / Luana Nascimento Pascom Catedral

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