Vacas em Castro produzem em média 32 litros por dia em sistema free-stall

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Da Assessoria

Os técnicos do projeto Campo Futuro realizaram, na semana passada, levantamentos de custos de produção de cana-de-açúcar, café, peixes e leite. Os encontros ocorreram nos estados de Rondônia, Mato Grosso e Paraná. Os painéis para coletar as informações sobre a realidade produtiva das regiões contaram com a participação de produtores rurais, representantes de sindicatos, federações estaduais de agricultura e entidades de pesquisa. Paraná pode produzir até 750 mil sacas de café.

Em Jacarezinho, a propriedade modal definida foi de 72 hectares de área própria de produção, com produtividade média estipulada para a safra 2024/25, de 81 toneladas por hectare, com qualidade de matéria-prima de cerca de 130 quilogramas de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de cana.

O levantamento de custos de produção da pecuária de leite em Cascavel apontou novamente o sistema compost barn, com cerca de 2 mil litros de leite por dia, com vacas produzindo, em média, 28 litros/dia. A receita obtida pelo leite foi suficiente para remunerar os desembolsos da atividade, mas não o pró-labore e a depreciação da atividade. Os custos com a alimentação comprometeram a maior parte dessa receita, em torno de 51%, com o concentrado tendo a maior participação, respondendo por cerca de 30% da receita obtida com o leite.

Já em Umuarama a propriedade possui média baixa tecnologia, com a utilização de mão de obra familiar e captação em torno de 250 litros por dia. O sistema é baseado em pastagem, com a suplementação de volumoso e também a utilização de concentrado. A produção leiteira do município permitiu remunerar os desembolsos. Em relação ao pró-labore do produtor e a depreciação da sua infraestrutura, a atividade exige ajustes técnicos para conseguir renovar a sua estrutura no médio prazo. O principal item foi o desembolso com a alimentação, que comprometeu 39% da receita obtida com o leite.

Em Castro, foram caracterizadas propriedades de alto nível tecnológico, onde a produção de cerca de 6 mil litros dia foi capaz de remunerar tanto os desembolsos da atividade quanto a depreciação e o pró-labore do produtor. Os animais são da raça holandesa pura e produzem em torno de 32 litros por dia em um sistema free-stall (áreas com camas individualizadas, corredores de acesso e pistas de trato). A alta tecnologia empregada na atividade permitiu uma taxa de remuneração do capital em torno de 7,5%, superando o investimento comum em poupança.

A elevada produtividade da mão de obra chamou a atenção, uma vez que o elevado volume de produção permitiu diluir os gastos com esse item de produção, que girou em torno de 950 litros por homem ao dia.

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