Safra de café 2024/2025 da Capal chega a 85% da colheita e produtores comemoram bons resultados

Mesmo em ano de bienalidade negativa e com desafios climáticos, cafeicultores relatam qualidade dos grãos e produtividade acima do esperado

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Da Redação

Arapoti – A safra de café 2024/2025 está nas últimas semanas na área de atuação da Capal Cooperativa Agroindustrial, que compreende cerca de 11,4 mil hectares nos estados do Paraná e São Paulo. Até o momento, 85% da área já foi colhida. Apesar de ser um ano de bienalidade negativa, as perspectivas de produtividade média estão dentro do esperado.

De acordo com o último boletim do Departamento de Economia Rural (Deral), divulgado em 24 de julho, a produção de café no Paraná deve alcançar 718 mil sacas, o equivalente a 43,1 mil toneladas.

Segundo o engenheiro agrônomo Alan Jean de Oliveira, do Departamento de Assistência Técnica (DAT) da Capal, as lavouras mostraram alto potencial produtivo, mesmo diante das oscilações climáticas. “Grande parte dos frutos já estavam bem formados, não tendo comprometimento expressivo do enchimento de grãos dos cafeeiros”, explicou.

Os primeiros lotes colhidos apresentaram grãos de boa granação e peneira alta, reflexo do manejo. Contudo, fatores climáticos também afetaram a safra. No início do ciclo, as temperaturas acima da média geraram estresse fisiológico nas plantas, e em maio e junho o excesso de chuvas comprometeu parte da qualidade dos cafés. “As chuvas no pico da colheita induziram frutos a romper a casca e a ficarem expostos à umidade, favorecendo fungos e aumentando o volume de café de varrição”, detalhou Alan.

Outro desafio foi o bicho mineiro, praga que exigiu maior monitoramento e ajustes de manejo para preservar a produção.

Cafeicultores satisfeitos

Apesar dos percalços, o balanço da safra é positivo entre os cooperados. O produtor Danilo Bagatim, terceira geração de uma família com 50 anos dedicados à cafeicultura em Carlópolis (PR), destacou que o manejo foi decisivo para garantir qualidade. “A qualidade vem aumentando pela forma que venho trabalhando nas últimas safras, com orientações da assistência técnica da Capal e da Fundação ABC. Fiquei satisfeito com o tamanho e a qualidade dos grãos. Aplicando os produtos certos e fazendo o manejo adequado, o resultado é superior na colheita”, disse.

Já o casal Rogério e Layane Aguera comemorou a primeira colheita de uma área nova da propriedade, com 2 anos e meio. A previsão inicial era de 48 sacas por hectare, mas a produtividade foi de 64 sacas por hectare. “Mesmo com a predominância da chuva, fizemos um bom manejo com a orientação técnica. Estamos muito contentes com a produção”, relatou Rogério.

 

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