Produtor de milho recebe de R$ 8 a R$ 10 a menos por saca por falta de armazenagem

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Plano Safra será divulgado nesta terça-feira (27) e expectativa é por ampliação em investimentos no Programa para Construção e Ampliação de Armazéns

Da Assessoria

O produtor de milho brasileiro que não conta com armazenagem amarga prejuízo de R$ 8 a R$ 10 por saca, segundo o comentarista do Canal Rural Mato Grosso e diretor-executivo da Abramilho, Glauber Silveira, que debateu o cenário do déficit da capacidade de estocagem de grãos no Brasil durante o Fórum Técnico Mais Milho, realizado em Cuiabá (MT) no dia 19 de junho. O evento aconteceu às vésperas da divulgação no Plano Safra 2023/2024, que deve ser lançado nesta terça-feira (27) pelo Ministério da Agricultura.

“O Brasil precisa de um Plano Safra que traga R$ 15 bilhões de investimento para combater o déficit na capacidade estática de estocagem. Há uma importância de se ter um programa mais robusto de armazenagem”, defende Silveira.

Paulo Bertolini, diretor da Granfinale Sistemas Agrícolas e diretor da Abramilho, alerta que no Brasil apenas 15% da armazenagem de grãos está dentro das propriedades rurais, volume muito menor do que o praticado nos Estados Unidos, que chega próximo a 70%. “O Brasil enfrenta um déficit de mais de 115 milhões de toneladas na capacidade de armazenagem nesta safra”, completa.

Plano Safra

O Plano Safra 2023/2024 vigora a partir de 1º de julho e a expectativa é de que os financiamentos nesta edição devem ultrapassar R$ 400 bilhões, conforme já adiantou Carlos Fávaro, ministro da Agricultura. “Esperamos que as linhas de crédito voltadas para o armazenamento de grãos sejam expandidas nesta edição do plano para enfrentar o déficit crescente diante de safras recordes”, completa Bertolini.

Como usar o Plano Safra para investir em Armazenagem

O Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) do Plano Safra surgiu em 2013 e tem sido importante ferramenta de apoio à ampliação de armazéns de grãos no Brasil. Na safra 2022/2023, os recursos foram na ordem R$ 5,13 bilhões com taxas de juros são de 7% ao ano para investimentos relativos à armazenagem com capacidade de até 6 mil toneladas, e de 8,5 % ao ano para os demais investimentos. O prazo de reembolso foi de até 12 anos, com carência de até 3 anos. A expectativa é que nesta safra, o volume de investimentos disponíveis seja maior.

Os recursos podem ser aplicados em projetos de construção, ampliação, reforma ou modernização de armazéns destinados à guarda de grãos, frutas, tubérculos, bulbos, hortaliças, fibras e açúcar, beneficiando produtores rurais pessoa física e jurídica e cooperativas de produtores rurais.

*Com Redação

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