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A ovinocultura como atividade inovadora, sustentável e capaz de gerar renda, particularmente para as pequenas propriedades, é discutida em Curitiba durante o 20º Simpósio Paranaense de Ovinocultura e 1º Simpósio Brasileiro de Ovinocultura, que acontecem simultaneamente no Campus Agrária da Universidade Federal do Paraná.
De acordo com os dados preliminares do Valor Bruto de Produção (VBP), elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), em 2023 o Paraná comercializou vivo para reprodução ou abateu 286.697 ovinos. Esse volume apresentou valor de R$ 116,2 milhões, aproximadamente 0,06% dos R$ 197,8 bilhões de VBP total do Estado.
“A criação de ovelhas é uma boa opção para as pequenas propriedades, pois a atividade bem conduzida garante renda”, afirmou o secretário Natalino Avance de Souza.
O Brasil produz aproximadamente 21,5 milhões de cabeças de ovinos. O Paraná, mesmo com tradição na ovinocultura desde a criação da Província em 1853 e com diversos programas ao longo dos anos, tem rebanho entre 500 e 600 mil ovelhas. “Mas o Estado tem evoluído e com alguns núcleos se estruturando melhor”, disse Natalino.
Ele lembrou que há um mês a Cooperativa de Criadores de Caprinos e Ovinos (Caprivir), de Virmond, no Centro-Sul do Estado, inaugurou a Unidade de Cortes Nobres de Caprinos e Ovinos, com financiamento de R$ 600 mil do programa Coopera Paraná, operacionalizado pela Seab, e contrapartida de R$ 210,7 mil. A capacidade é de processar 1.600 quilos por dia.
Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, o fato de o Paraná estudar há tanto tempo a ovinocultura é parte do esforço para se adquirir competência e garantir competitividade à cadeia produtiva. “Vemos aí uma oportunidade, continua sendo uma atividade promissora”, disse. “Vamos conversar com os setores, pensar em como ampliar, permitir mais criadores, ter mais oferta de produtos de boa qualidade”.
O evento reúne dezenas de pesquisadores, alunos de graduação e pós-graduação, empresários, produtores e técnicos do setor. Até sexta-feira (02) haverá diversas palestras abordando aspectos como manejo de pastagens, manejo integrado de doenças, tecnologia e sistemas sustentáveis, além da apresentação de experiências por parte de produtores.