Da Assessoria
São 416,2 milhões de litros de leite produzidos ao longo de 2020, número que por si só reforçaria o tamanho do compromisso da Castrolanda Cooperativa Agroindustrial com a cadeia leiteira nacional. Falar isoladamente do tamanho da produção, no entanto, não é mais suficiente para demonstrar o trabalho da Castrolanda: o foco da cooperativa nos últimos anos é melhorar cada vez mais a qualidade do leite e reforçar a cadeia em todos os processos.
Na terça-feira, (1°), foi comemorado o Dia Mundial do Leite, data instituída em 2001 pela FAO – braço da Organização das Nações Unidas (ONU) voltado para a alimentação e agricultura. O objetivo é fomentar o consumo junto à população mundial e reconhecer a importância do alimento na sociedade – atualmente a data é comemorada em mais de 85 países.
Prezando por todas as etapas do processo de produção, o principal papel da Castrolanda é atuar como um facilitador da cadeia produtiva, de acordo com o gerente de Negócios Leite da cooperativa, Eduardo Ribas. “Estamos ao lado das empresas, dos produtores, dos técnicos, cooperados e até mesmo das universidades e centros de pesquisa, com o objetivo de melhorar a atividade leiteira, o ganho do produtor e, consequentemente, o benefício ao consumidor final”, explica.
Um exemplo de compromisso com a cadeia é o Programa Mais Leite Saudável, do Ministério da Agricultura. Baseado na arrecadação de PIS/Cofins, parte dos recursos são empregados nas propriedades para melhorar a qualidade do leite e questões relacionadas à parte sanitária da cadeia.
Neste processo, a Castrolanda em uma das etapas do programa oferta aos produtores um pasteurizador de leite e colostro, com o objetivo de melhorar a criação de bezerras, pensando no desenvolvimento e bem-estar animal. “É feita a ordenha e colocada no pasteurizador, que eleva o leite à temperatura de 60 °C por uma hora. O resultado é uma queda considerável de bactérias no leite, que retorna com melhor qualidade para a amamentação das bezerras, diminuindo problemas como diarreia, pneumonia e, consequentemente, reduzindo o uso de antibióticos nos animais”, explica a Analista Técnica da Castrolanda, Cibelli Daher. Os primeiros resultados trazem uma redução de 78% das bactérias do leite com o pasteurizador.
Um dos produtores beneficiados é Armando Carvalho, cooperado Castrolanda. O trabalho de pasteurização do colostro trouxe mais segurança em relação às questões sanitárias. “Colostrando bem o bezerro, terá um animal mais saudável e um processo que facilita atingir nossas metas na propriedade”, detalha o cooperado – na fazenda, localizada em Castro, o objetivo é que todas as fêmeas entrem em produção aos dois anos de idade. “Vamos conseguir atingir a meta, com animais mais produtivos porque não tiveram problema nenhum com a recria”, garante.
Boas práticas na produção leiteira
O trabalho com o cuidado animal também ganha importância na cooperativa. Dentro do programa de boas práticas agropecuárias da Castrolanda existem dois subprojetos relacionados ao cultivo microbiológico do leite. O primeiro são as salas de análise central, localizadas na unidade matriz, onde o cooperado envia amostras do leite ordenhado para análises mensais em laboratório. O objetivo é encontrar um diagnóstico preciso de uma inflamação nas glândulas mamárias da vaca – chamadas de mastite. “Quando é diagnosticada a mastite em uma ordenha, em 24 horas ou menos já se tem o resultado de qual agente está causando aquela inflamação. Então, juntamente com a assistência técnica da Castrolanda, será feito o direcionamento daquele animal em relação à necessidade de tratamento e o manejo necessário naquele caso”, explica a técnica da Cooperativa, Simony Guerra.
Já a análise laboratorial trouxe avanços na propriedade da Cooperada Ana Maria Rebonato de Moraes, em Carambeí. “Fazendo as coletas conseguimos identificar qual tipo de bactéria será tratada, se ela deve mesmo ser tratada e quais os custos para nós. Isso melhora a qualidade do leite e traz um retorno financeiro muito grande, principalmente em relação aos gastos com antibiótico e a redução das chances de mandar um leite com o antibiótico para o tanque da propriedade”, conta.
Além da análise na matriz, alguns dos cooperados contam com os equipamentos laboratoriais dentro da propriedade. O espaço agiliza o processo, ganhando tempo em toda a cadeia produtiva. É o caso da produtora Margareth Aparecida Wacherski, em Castro, que desde 1974 recebe da cooperativa as honrarias pela qualidade do leite produzido.
“Para o meu rendimento é ótimo porque eu evito muita perca. Vou tratar o animal com o medicamento certo e na hora certa. Se o resultado do exame apontar que o tratamento não é necessário, posso usar o leite sem problemas, sabendo que não vai fazer mal para ninguém. Se eu quero tomar um leite bom e de qualidade, quero também que todos tenham essa oportunidade”, conta.