Brasília sedia 3º Congresso Abramilho com foco em sustentabilidade, inovação e desafios logísticos do milho brasileiro

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Emerson Teixeira

Brasília – Produtores rurais, pesquisadores, jornalistas, empresários e lideranças políticas estão reunidos nesta quarta-feira na capital federal para discutir o presente e o futuro de uma das culturas mais estratégicas para o agronegócio brasileiro, o milho. O 3º Congresso da Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho) reúne cerca de 400 participantes e promete ser um marco nas discussões sobre sustentabilidade, inovação e competitividade no setor.

O evento, promovido pela Abramilho, acontece em um momento crucial para o agronegócio brasileiro, diante de transformações globais no comércio de grãos, mudanças climáticas e novas exigências de mercados internacionais. A programação está dividida em cinco painéis temáticos que abordarão, entre outros assuntos, as tendências do mercado, avanços tecnológicos, sustentabilidade na produção, políticas públicas e infraestrutura.

Antes da abertura oficial, o presidente da Abramilho, Paulo Bertolini, concedeu entrevista ao Página Um News e destacou os principais pontos de atenção para o futuro do milho brasileiro.

“Vamos discutir as potencialidades que nós temos de expansão na agricultura, principalmente na questão do milho, e também das dificuldades e desafios que nós temos”, afirmou Bertolini. “Nessa área de desafios, nós temos muita coisa por fazer, principalmente na logística pós-colheita e na infraestrutura, que vai desde armazenagem dentro da fazenda, rodovias, portos dedicados.”

Um dos destaques do discurso do presidente foi o papel crescente da industrialização do milho no Brasil, especialmente por meio da produção de etanol a partir do grão. Segundo ele, essa cadeia tem transformado a realidade de produtores em diversas regiões do país, oferecendo novas alternativas de escoamento e agregação de valor.

“A indústria do etanol de milho já processa em torno de 20 milhões de toneladas e tem potencial de mais que dobrar isso nos próximos anos. Isso vai fazer com que o produtor se estimule a produzir milho e continue adotando as boas práticas agrícolas, uma produção sustentável, a biotecnologia, o plantio direto — tudo isso que faz da agricultura brasileira um modelo internacional.”

O Congresso da Abramilho também se propõe a fortalecer o diálogo entre setor produtivo e governo, em busca de soluções para gargalos estruturais que limitam a competitividade da cadeia do milho, especialmente no que se refere ao transporte, armazenagem e acesso a mercados.

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