Agência Estadual de Notícias
Dois dos principais grãos produzidos no Paraná, a soja e o milho, entre outras culturas, sofreram bastante com as condições climáticas observadas no Estado. O Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, produzido por técnicos do Deral, analisa essa situação na edição da semana de 30 de janeiro a 5 de fevereiro.
O milho da primeira safra está com 37% em estágio de maturação, com boa parte pronta para a colheita, mas as chuvas constantes dos últimos dias frearam esse trabalho. A expectativa é que o sol se firme, sobretudo nas regiões de Ponta Grossa, Guarapuava e Curitiba, possibilitando maior avanço.
No entanto, as chuvas acima da média histórica podem impactar na qualidade do cereal e causar perdas. As condições das lavouras tiveram uma piora, de acordo com o boletim. No mês passado, aproximadamente 79% da área de 359 mil hectares apresentavam condições boas. Agora, baixou para 71%.
O plantio da segunda safra de milho está bastante lento. Os produtores precisam primeiro promover a colheita da soja. Mas as condições climáticas impedem que esse trabalho seja feito de forma mais intensa. As chuvas constantes e volumosas sobre o produto no campo provocaram aumento de doenças na soja e preocupação com a qualidade e produtividade do grão.
Da mesma forma que no milho, a expectativa é de uma trégua das chuvas nas próximas semanas, que possibilite aos agricultores realizar os tratos culturais e garantir melhor qualidade e volume à produção. Enquanto isso, o plantio da segunda safra de soja já alcança 65% da área estimada de 39 mil hectares.
OUTROS PRODUTOS
O boletim também relata a situação do feijão de primeira safra, cuja colheita e qualidade estão igualmente prejudicadas pelas chuvas em abundância. No caso da mandioca, é colhida durante todo o ano, mas, em janeiro, as condições climáticas não foram favoráveis. Para a batata, a estiagem prejudicou o plantio e desenvolvimento e, agora, o excesso de chuva compromete a colheita.
O documento trata, ainda, do volume de 575,5 mil toneladas de frutas comercializadas nas cinco unidades da Ceasa no Paraná em 2020. O montante financeiro em circulação alcançou R$ 1,6 bilhão. Por fim, registra-se a expectativa de que os números apontem que, em 2020, o Brasil produziu 13,7 milhões de toneladas de carne de frango, volume em torno de 4% superior a 2019.
Foto: Jonathan Campos / AEN