Abramilho destaca potencial de exportação de sorgo para a China

0 12

Da Assessoria

Brasília – A Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho), representada por seu presidente, Paulo Bertolini, participou nos dias 10 e 11 de julho, em Guilin, na China, da Imported Grains and Feeds Conference, um dos principais encontros internacionais voltados à importação de grãos e rações. O evento reuniu importadores chineses, autoridades do setor agroalimentar e representantes de diversos países fornecedores.

Ao lado da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) e da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a Abramilho reforçou a posição estratégica do Brasil como fornecedor global de alimentos, destacando a qualidade, competitividade, qualidade e sustentabilidade da produção nacional de milho, soja, sorgo e derivados.

Durante sua participação, o presidente da Abramilho, Paulo Bertolini, ministrou uma palestra sobre o potencial brasileiro na produção e exportação de sorgo. Ele ressaltou que o Brasil tem capacidade para ampliar significativamente a produção de sorgo e se consolidar como fornecedor confiável para a China e outros mercados internacionais interessados. Bertolini destaca que “o evento foi uma oportunidade importante para apresentar o modelo sustentável da agricultura brasileira, especialmente nas cadeias do milho e do sorgo.”

Além do sorgo, o DDG (do inglês dry distilled grain, ou “grão destilado seco”) também despertou o interesse dos importadores chineses. Nesse processo, o amido do milho é transformado em etanol e gás carbônico. O que sobra — rico em proteína, fibra e gordura — é o DDG, um ingrediente muito nutritivo usado na alimentação de animais.

Ele é especialmente valioso por conter muita proteína que não se perde no rúmen (estômago dos ruminantes), sendo ideal para bovinos, aves e suínos. Seu uso melhora a dieta dos animais e pode substituir ingredientes mais caros, como o farelo de soja e o milho.

A produção começa com a moagem do milho, passa pela fermentação e destilação, e termina com a separação dos resíduos sólidos. Esses resíduos podem ser usados ainda úmidos (WDG) ou secos (DDG).

Se forem misturados com os líquidos restantes da fermentação antes da secagem, formam o DDGS, que tem ainda mais valor nutricional. Tanto o DDG quanto o DDGS são usados em rações por serem fáceis de armazenar e transportar. Além disso, ajudam a aumentar o ganho de peso dos animais e melhoram o aproveitamento dos alimentos.

Na safra 2024/25, o Brasil produziu cerca de 4,11 milhões de toneladas de DDG e DDGS (versão enriquecida com os líquidos da fermentação). A tendência é de aumento na produção, acompanhando a expansão do setor de etanol de milho no país. Por suas características nutricionais e logísticas — como facilidade de armazenamento e transporte —, o DDG tem se consolidado como uma alternativa estratégica na formulação de rações. A China, maior mercado consumidor de proteína animal do mundo, têm demonstrado interesse crescente na importação do produto brasileiro.

A participação na conferência reforçou o compromisso do Brasil com práticas agrícolas sustentáveis, inovação tecnológica e segurança alimentar global. A Abramilho segue atuando ativamente para abrir novos mercados e fortalecer a presença internacional dos produtos brasileiros.

Participe da comunidade no WhatsApp do PáginaUm News e receba as principais notícias dos campos gerais direto na palma da sua mão.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.