Dom Sergio celebrou a missa com padres e diáconos concelebrantes
Da Assessoria
Ponta Grossa – O encerramento da parte festiva da XV Assembleia Diocesana, no sábado, reuniu todo o Povo de Deus na Paróquia/Catedral Sant’Ana em uma celebração em ação de graças, também pelo jubileu sacerdotal de Dom Sergio Arthur Braschi. Sob as bênçãos de Maria, Mãe das Vocações, cuja imagem foi colocada junto ao altar, o pároco da Catedral, padre Antônio Ivan de Campos, acolheu a todos, lembrando se tratar de um dia significativo e histórico. Foi detalhada a vida do bispo desde a sua infância, entregue simbolicamente o presente da Diocese a Dom Sergio e prestadas mais homenagens.
Em sua homilia, o bispo se dizia muito grato. “Uma vocação, uma eleição, que não é mérito meu, mas por um chamado misericordioso dos planos de Deus. Pelo batismo somos chamados a uma santa vocação, que é diferente, dentro do imenso Povo de Deus, que é a Igreja. Vocações diferentes, chamados diversos, no entanto, todos brotam da graça batismal. E estamos no Ano Vocacional. Um motivo de alegria, especialmente para mim, celebrar esses jubileus dentro do terceiro Ano Vocacional da Igreja no Brasil: vocação, graça e missão. Graça quer dizer ‘dom’, ‘presente gratuito, que não merecemos’, e missão que quer dizer ‘envio’ que, pela força do Espírito Santo nos faz capazes de evangelizar não só ao nosso redor, mas a todos os povos”, destacou o bispo.
Referindo-se a sua ordenação sacerdotal, Dom Sergio lembrou que 50 anos atrás também chovia muito e as pessoas diziam que a semente iria pegar bem, ‘quando chove, a semente pega bem’. “De fato, não frutificou tudo o que Deus queria no sentido das minhas limitações, mas, enfim, aqui estamos: 50 anos de padre. Podemos interpretar esse hino de júbilo de Jesus (Evangelho de ontem) no contexto do Ano Vocacional como uma exultação, um agradecimento pelo dom da vocação. Queria agradecer, junto com Jesus, louvar a Deus que escondeu esses chamados a tantas pessoas que tinham mais qualidades do que eu, tantos colegas seminário, para não falar de tantos amigos, colegas de escola, que eram muito mais capazes, mais prendados, mas que não receberam esse chamado da vocação sacerdotal. E testemunhar que eu, no Seminário Menor, com meus dez, doze anos, frequentemente, dirigia essa oração a Deus: ‘Senhor, eu quero fazer a Vossa vontade, mostrai-me qual o caminho’”, confidenciou, citando que nos momentos de dúvida, de crise, de decisão, sempre voltava a essa oração. “E depois de padre também. Passei por dificuldades, por momentos de crise. É normal. Não seria normal viver em brancas nuvens. Houve momentos em que eu não sabia como vencer uma determinada situação. Não saberia nem o que pedir a Deus por não ver saída. Maravilhosamente, o Senhor conduziu uma saída. Eu me confiei”, enfatizou.
Dom Sergio ainda pediu que todos se unissem a ele em oração para celebrar os 25 anos de episcopado, celebrado em abril, e os 20 anos do chamado a ser pastor na Diocese, que será comemorado no próximo sábado (15), em Ponta Grossa, com diversos bispos amigos e padres, e, domingo (16), no Santuário Estadual de Nossa Senhora do Rocio, em Paranaguá. O bispo vai celebrar a missa das 11 horas, no santuário, que deverá contar com a presença de muitos romeiros aqui da Diocese. “Eu quis celebrar no contexto eclesial, sinodal, me reunir a toda a Diocese. Sinto muita alegria por tudo o que partilhamos no dia de hoje. Muitas bênçãos a todos! ”, rogou.
No momento do ofertório, representantes de todas as paróquias depositaram aos pés do altar um cartão-presente, simbolizando o presente a Dom Sergio. Em março, o bispo já havia pedido que os diocesanos colaborassem financeiramente e ajudassem na compra de um novo barco para a Paróquia de São João Batista, em Canutama, no Amazonas, comunidade administrada pelos padres Osvaldo Pinheiro e Fábio Sejanoski. Esse seria, segundo ele, o seu presente. Foram arrecadados junto às paróquias, comunidades religiosas, movimentos e associações católicas o total de R$ 404.601, 48. “Eu mesmo recebi ofertas de congregações religiosas, em dinheiro. Vai tudo para a mesma conta. Ao receber o pedido, vi uma imensa dificuldade de chegar ao valor próximo da necessidade. Com a generosidade do povo, foi dado o início. Agradeço a Deus. Isso demonstra a responsabilidade para com a missão”, agradeceu.
As Pontifícia Obras Missionárias ajudaram ainda com mais R$12 mil e é aguardado também auxílio do Dicastério para a Evangelização, em Roma. A Cúria Diocesana de Ponta Grossa vai acrescer um valor também ao total a ser enviado a Canutama.
Homenagens
Próximo da benção final, o diácono Dyego Quadros fez a leitura de uma carta de homenagem, acompanhada da entrega de um quadro com retratos da vida do bispo. As fotografias serão expostas no museu da paróquia, dentro das comemorações dos 200 anos de sua fundação.
E para homenagear o bispo, o deputado federal Aliel Machado (PV) propôs na Câmara dos Deputados uma Moção de Regozijo e Louvor pelos serviços prestados à comunidade. “O nosso bispo é o nosso pastor. E a condução dele é de suma importância para toda a comunidade. Não só pelo trabalho espiritual para todos nós, mas pelo trabalho social desenvolvido pela Igreja, tão importante para nós. Agora é o momento de comemoração. Me sinto muito feliz de participar dele junto com a minha família”, revelou Aliel. A entrega da Moção foi uma surpresa para Dom Sergio.
No pedido de aprovação da Moção pela Câmara Federal, no mês passado, o deputado destacou que Dom Sergio “não mede esforços para estender cada vez mais o alcance dos direcionamentos do Papa Francisco para atender as necessidades da comunidade”. Ainda segundo o documento, ele faz “um bispado de defesa dos mais humildes, dos mais pobres e dos enfermos, uma proteção que busca trazer vida, tratar com doçura e orar com esperança, o lema escolhido de uma vida”.


Fotos: AssCom Diocese de Ponta Grossa e Jeferson André