Cadeia de Castro inaugura sala de trabalho para custodiados através de parceria com a ITC do Brasil

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Sandro Adriano Carrilho

Importante parceria envolvendo a iniciativa privada e o DEPPEN Paraná foi consolidada com a inauguração de uma sala dentro da Cadeia Pública de Castro, na manhã desta quarta-feira (10). Participaram do ato Marijke Morsink, do Departamento de Compras da ITC do Brasil; Patrick Martijn Nienhuys, diretor da ITC do Brasil; além do diretor da cadeia, Elerson de Lima. Construída visando a ressocialização de apenados, ela ocupa espaço de 10 metros quadrados, possui um banheiro para utilização dos reeducandos do setor, que trabalharão em número de três.

Para o diretor da Cadeia Pública de Castro, Elerson de Lima, esses presos além de terem o benefício da redução de pena – a cada três dias trabalhados, reduz um dia da pena -, também receberão o pecúlio (salário) pago pela ITC do Brasil. “O setor começou no dia 1º e teve dez dias de avaliação, sendo que pelo sucesso na qualidade e quantidade de materiais feitos pelos apenados, a inauguração foi adiantada para 10 de maio”, descreveu Elerson.

Em entrevista, o diretor da ITC do Brasil destacou que o seu pai [Nicolaas Nienhuys] “sempre foi apegado a responsabilidade social, ambiental e ética, tanto que parte do faturamento da empresa a gente ajuda o CACJ Jardim Colonial (Centro de Atendimento à Criança e ao Jovem), de Castro; restos dos produtos da fábrica nós mandamos para o Pequeno Cotolengo, que é uma entidade de Curitiba que atende crianças com deficiência, e com a demanda crescendo na produção do ‘Ecococôdog’, um produto sustentável, ambientalmente correto, pensou-se em agregar, junto com a oportunidade que veio, de usar essa parte social e ambiental da empresa, com os custodiados. Com isso damos a eles trabalho, renda, proporcionando a diminuição de suas penas, e isso entendemos ser muito importante se pensarmos no ser humano”.

Perguntado que sentimento possui ao saber que seu pai está sendo homenageado com uma placa, Patrick respondeu que se sente grato pela homenagem e por poder estar ajudando, pois a sala foi reformada pela empresa, para servir ao trabalho, e como gratidão recebeu essa homenagem com o nome do Nicolaas.

Trabalho dos presos
Os três presos, escolhidos por bom comportamento, fazem colagem de papelão, com pacotinhos de papel kraft, biodegradável, que se chama ‘Ecococôdog’. “É um pacotinho que serve para você pegar o cocô do cachorro quando vai caminhar na rua. A gente vende muito para condomínios fechados, que tem essa responsabilidade social, ambiental, de não ficar pegando pacotinho plástico e jogando no lixo. Aí você pega aquele cocô, coloca no Ecococôdog, ele vai deteriorar, vai apodrecer. Neste sentido, esse é o produto, colar dois pedacinhos de papelão, dobrar e e organizar”, explicou Patrick.

A ITC do Brasil tem 28 anos, nasceu em Castro no ano de 1995, “começou como importadora, pelas demandas acabou crescendo e hoje o grupo é composto por cinco empresas, todo da família, empregando 38 funcionários efetivos, além dos prestadores de serviço. É uma importadora de produtos agropecuários, ferramentas para agropecuária, que atende grandes grupos como JBS, BRF, Aurora, Cooperativa Castrolanda e etc”, acrescentou Patrick.

No caso do Ecococôdog, os maiores clientes são de São Paulo, grandes condomínios e alguns pet shop que vendem esse produto.

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