Da Redação
Mais uma importante parceria está sendo construída visando a ressocialização de apenados da Cadeia Púbica de Castro, com a inauguração de espaço no próximo dia 10 e abertura de três vagas de trabalho, desta vez com a parceria da ITC do Brasil.
O diretor da Cadeia Pública de Castro, Elerson de Lima, destacou que desde a sua chegada há dois anos e meio, a intenção foi firmar parcerias com empresários locais, ”a exemplo da Empresa Bandolin Refeições, onde dois reeducandos são cozinheiros; também com a Bandolin, a criação de uma padaria, onde um reeducando é o padeiro, e produz os pães diariamente para todos os custodiados da cadeia pública; e ainda com a empresa Bellapack, que aguarda a retirada dos automóveis – do tempo da delegacia de polícia civil -, para que nesse espaço possa ser construído dois barracões, possibilitando mais trabalho aos apenados de Castro”.
O chefe da Divisão de Produção e Desenvolvimento do Deppen e idealizador do projeto, Boanerges Silvestre Bueno Filho, explicou que os convênios são benéficos para todas as partes envolvidas, ”no caso as três partes, tanto para o empresário, que vai ter um custo bem menor, porque terá um preso trabalhando ao qual ele pagará um salário mínimo e não terá nenhum encargo trabalhista, porque não é regido pela CLT e sim pela Lei de Execução penal”. Boanerges acrescenta que neste caso o reeducando ”não terá férias, não terá décimo terceiro salário, nem fundo de garantia, mas receberá remuneração de um salário que o empresário pagará, onde 25% deste irá para o Fundo Penitenciário e 75% para a poupança prisional do preso. Essa poupança de 75% ele poderá autorizar o familiar a retirar até 80% do valor”. No entendimento de Boanerges, tem o benefício da empresa, do preso que ainda terá a remissão da pena – cada três dias trabalhados terá um de remissão -, e do Deppen. ”Já está comprovado que o preso que trabalha aumenta o vínculo familiar, a família fica satisfeita porque sabe que trabalhando estará produzindo e a reincidência no crime será bem menor; e é bom também para o Deppen porque ele – detento – trabalhando não fica ocioso, pensando bobagem na cela, terá uma ocupação, uma qualificação e não reincidindo vai diminuir os custos do Estado, sua pena será reduzida, saindo mais rápido”, acrescentou o chefe da Divisão de Produção e Desenvolvimento do Deppen.