Da Assessoria
A Polícia Militar do Paraná (PMPR) promoveu nesta semana o 1º Seminário de Protocolo de Atendimento à Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O encontro teve o objetivo de levar aos militares estaduais as peculiaridades do atendimento a uma ocorrência policial envolvendo pessoas autistas.
O evento foi realizado na Academia Policial Militar do Guatupê (APMG), em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), e contou com a presença dos oficiais de todas as unidades da PMPR no Estado que servirão como propagadores aos policiais militares dos ensinamentos sobre esse atendimento.
Para o secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira, o encontro garante maior sensibilidade e atenção dos militares estaduais ao atenderem ocorrências que possam envolver pessoas autistas. “É de suma importância toda e qualquer atualização aos militares para que eles estejam preparados para atender a população da melhor forma possível. Identificar o autista não é simples e esse seminário propôs mostrar aos policiais de que forma agir ao se depararem com alguma ocorrência que exija deles esse trato”, frisou.
O comandante-geral da PMPR, coronel Sérgio Almir Teixeira, ressaltou a importância do encontro com os oficiais e a atenção da Polícia Militar referente ao tema. “Sempre estamos atualizando e capacitando nossos policiais militares e essa é mais uma prova disso. Reunimos representantes de todas as unidades para que eles possam nos auxiliar nessa divulgação do protocolo de atendimento à pessoa com autismo e tenho certeza de que isso vai refletir num atendimento mais adequado do policial em situações como essa”, destacou.
Um dos organizadores do seminário, o major Valter Ribeiro da Silva, que é pai de um menino autista, ministrou uma palestra sobre a “Abordagem à Pessoa com TEA” e lembrou que nem sempre é possível identificar de imediato um autista e, por este motivo, o protocolo é extremamente importante.
“Na ocorrência devemos ter o cuidado ao nos depararmos com uma pessoa autista. Nem sempre é possível identificar na fisionomia ou alguma característica que remete ao autismo, então o policial deve identificar essa pessoa e aplicar a maneira mais adequada para que tudo saia dentro do que deve ser feito em qualquer outra ocorrência policial. Por isso, tenho certeza que todos saem daqui mais preparados para esse atendimento”, finalizou.
O seminário contou com a participação de diversos especialistas convidados, como a diretora-executiva do Centro de Diagnóstico e Intervenção do Neurodesenvolvimento (CEDIN), doutora Amanda Bueno, do tenente-coronel Adair Pimentel, da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), do médico neuropediatra Anderson Nitsche, do jurista Marco Aurélio Nunes da Silveira, entre outros convidados.
Foto: PMPR