Aeroporto de Castro, uma potência pouco explorada

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Emerson Teixeira
Especial Página Um News

Aeroporto é um instrumento de promoção e desenvolvimento regional, além de fomentar a atração de novos investimentos, fato que é notado na vizinha Ponta Grossa, onde lideranças somaram esforços para reativar o Aeroporto Santana e investir em melhorias que resultaram na inserção da cidade em rotas aéreas comerciais.

Já em Castro não existe nenhum tipo de movimento desde 2013, quando o então Governador do Paraná, Beto Richa, inaugurou a pavimentação asfáltica da pista do Aeroporto Major Neodo S. Pereira, pelo contrário, até hoje consta na Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) a pista do município como não pavimentada.

Os investimentos do governo estadual proporcionaram a pavimentação de 1.400 metros por 30 metros, além pátio de estacionamento para três aeronaves de pequeno porte. No local ainda existe um hangar pequeno e um saguão que não são regularizados.

O empresário e piloto, Paulo Bertolini, um apaixonado por aviação, cita que a pista de Castro “é muito boa, tem potencial enorme de crescimento e atualmente já recebe aviões a jatos de pequeno porte”, comenta.

Bertolini explica que a estrutura castrense se trata na verdade de um aeródromo público de operação visual, só opera com a luz do sol, localizado em uma região chamada FIR (sem controle de tráfego aéreo para pousos e decolagens) e não possui balizamento noturno e de operações IFR (pouso e decolagem por instrumentos).

Ele ressalta que apesar das limitações, a pista de Castro atende municípios da região. “Os aeródromos com pista pavimentada mais próximos são de Ibaiti, Telêmaco Borba e Siqueira Campos, além do de Ponta Grossa. Portanto, toda região ao norte e noroeste de Castro, inclusive o sul de São Paulo, não tem pistas e são atendidas por Castro”, relata.

Expansão
“Sou piloto, mas nossas aeronaves estão baseadas em Ponta Grossa, justamente porque lá tem hangar, balizamento noturno e pouso e decolagem por instrumentos e serviço de rádio”. O piloto cita que uma das alternativas para a expansão do aeroporto castrense seria a Prefeitura Municipal realizar a concessão de áreas para instalação de hangares, eliminaria custos para o município, atrairia oficinas de aviões e seria uma oportunidade de geração de receita através do ISS e empregos qualificados.

Ele avalia que na aviação a infraestrutura precisa vir antes, para após atrair o investimento privado e inicialmente a pista de Castro precisa de balizamento noturno, “é o mais simples, barato e útil para investimento imediato”, frisa.

Os investimentos podem atrair a aviação geral, também conhecida por executiva, setor de serviços, como oficinas e escola de aviação. “Por último chega a aviação comercial. Esse é o caminho normal que acontece”, finaliza.

Foto: Facebook Aeroporto Municipal de Castro/PR – SSQT

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