Réus do caso Toshio são absolvidos por unanimidade em júri popular

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Bianca Martins

Ponta Grossa – O julgamento de José Maurício Zanon e Rogério Afrânio Zanon, ocorrido na tarde de terça-feira (7), em Ponta Grossa, terminou com a absolvição dos réus, por unanimidade, pela acusação de serem os mandantes do assassinato de Oswaldo Toshio Ueno, ocorrido em julho de 2010, em Castro. Eles respondiam por homicídio qualificado, por motivo torpe, e emprego de recurso que dificulta a defesa da vítima. Os advogados ponta-grossesenses Angelo Pilatti Junior, Luiz Carlos Simionato Júnior e Roni Aparecido atuaram na defesa dos castrenses.

Segundo um dos advogados de defesa foram 13 anos de um processo sem provas. “São 13 anos de um processo onde uma família fez de tudo para acusar a outra e a outra só se defendeu. Foi uma vitória para a justiça, que reconhece uma acusação sem qualquer cabimento. Inclusive a esposa do senhor Zanon (Rogério), morreu há oito meses, levando o peso de uma acusação de homicídio contra o marido”, relatou Simionato.

O advogado explicou que durante todo o processo, nenhuma testemunha de acusação foi ouvida e que isso demonstraria a ‘fragilidade’ da acusação. Também teria ficado evidente que houve parcialidade por parte do delegado da época. “Nenhuma testemunha de acusação foi ouvida e foram ouvidas nove testemunhas de defesa. A promotoria e a acusação desistiram da testemunha deles antes do júri. Hoje [terça-feira (7)] foi o reconhecimento justamente disso, não havia uma única prova, foi reconhecido que o delegado agiu com uma certa parcialidade e foi reconhecido tanto pelo promotor, pela defesa e pelos jurados, que é o mais importante. Foram eles [jurados] que negaram a autoria. Nunca teve qualquer indício do envolvimento deles [José Maurício e Rogério]”, argumentou.

Caso

O caso ficou conhecido na época por se tratar de uma briga antiga entre as famílias Zanon e Ueno, que se originou em uma festa. Antes de Oswaldo Toshio Ueno ser assassinado no dia 21 de julho de 2010, por um motociclista que desferiu diversos tiros em direção ao carro em que estava, acertando-o por trás, Flávio Zanon, filho de Rogério e irmão de José Maurício, foi morto por Fábio Tomio Ueno, irmão de Toshio, em 2009. 

Segundo Simionato, pedido de prisão deve ser expedido a qualquer momento contra o irmão de Toshio, o que explicaria a ausência da defesa e da família Ueno durante o julgamento desta terça-feira. “Os advogados nem compareceram no julgamento de hoje. A família dos Ueno não compareceu porque está na iminência de ser expedido o mandado de prisão contra Tomio”, antecipou. Tomio foi condenado há 15 anos e dois meses de reclusão e hoje responde o processo em liberdade.

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