Um documentário público na TV sobre o italiano Benito Mussolini mostrou “um estudo sobre métodos utilizados para grupos “chegarem ao poder e implantar a ditadura de um só partido durante duas décadas”. Filho de um operário anarquista, o mestre em propagandas da própria pessoa aproveitava discursos bombásticos para conquistar espaços aproveitando “o caos político e a crise econômica de um País”. Sua estratégia era convencer o povo, os meios de comunicação e os Empresários que “o Poder do Estado poderia resolver o problema de “todos”. Seus exemplos e críticas sempre tinham endereço, enumerava até mesmo responsáveis por “600 mil italianos que morreram nos tempos da Primeira Guerra Mundial”. Especializou-se em intimidações, fraudes e violências contra “inimigos”, em tempos de eleições ou depois delas, mirando até os que ocupavam cargos na frágil monarquia parlamentar: “ou nos entregam o poder, ou nós vamos atacar”. As ideias daquele que autoproclamou-se “Il Duce” – o líder – mais parecem páginas de um manual de instruções. Que pode estar sendo consultado por malucos com iguais ideias extremas, em qualquer lugar do mundo, inclusive no Brasil.