Um dia após troca de tiros com a polícia, marginais continuam foragidos

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Sandro Adriano Carrilho

Ponta Grossa – Um dia após o início da megaoperação que envolveu policiais rodoviários federais, militares e até a civil, através da Polícia Científica, na busca da quadrilha fortemente armada, que na tarde de terça-feira (1º) trocou tiros em pelo menos três confrontos, a força-tarefa continua concentrada na região do Taquari dos Polacos, área rural de Ponta Grossa.

Ao contrário do que a reportagem do portal P1 News noticiou, baseado no áudio do tenente-coronel Leonel José Bezerra, comandante do 1º BPM de Ponta Grossa, que afirmava que um dos criminosos teria se ferido e preso, em nota de texto por WhatsApp, o próprio comandante esclareceu que “no meio da troca de tiros as comunicações via rádio ficaram poluídas, e alguém reportou que havia um preso ferido. Ao chegar no local, verifiquei que pelo sangue deixado no caminho havia sim alguém ferido, mas não havia ninguém preso”.

A repórter Cleucimara Santiago, do Página Um News, entrevistou o Perito Criminal da Polícia Científica do Paraná, Augusto Pasqualini Neto, o qual disse que a polícia científica fez perícia não só no CRV capotada no Taquari dos Polacos, mas também na empresa Retimaq, atingida por disparos de arma de fogo, em um segundo confronto entre policiais militares e criminosos, e no carro da polícia rodoviária federal, alvejado no primeiro confronto.

O veículo CRV usado pelos bandidos participou de três confrontos, disse Pasqualini. “O primeiro com a polícia rodoviária federal, o segundo com uma viatura da PM na entrada do Taquari dos Polacos e o terceiro com uma viatura do Choque (PM), onde o carro dos bandidos acabou capotando. A CRV fez uma manobra de ré e ao executar acabou subindo no barranco, tombando lateralmente. Os ladrões, sem ação, levaram tiros da PM e se evadiram pelo mato”. Quanto ao que foi encontrado dentro do veículo, Pasqualini esclarece que “foram vários os equipamentos relacionados ao crime de roubo a banco. Os miguelitos [pregos retorcidos usados pelos bandidos para furar pneus de carros durante perseguição], alguns cartuchos de arma de fogo e uma quantidade considerada de explosivos, um deles com emulsão encartuchada, preparado para explosão. Ela possuía espoleta, com cordão, pronta para explodir”. Quanto ao destino desse material, o perito afirmou que uma parte desse material foi coletada para investigações posteriores e exames de laboratório, e para futura produção dos laudos periciais que serão usados durante a investigação e processos judiciais”, finalizou.

Entenda o caso

A força-tarefa policial que incluiu um helicóptero do Batalhão de Operaçoes Aéreas – BOMOA / PMPR, iniciou as buscas pelos criminosos ainda na tarde de terça-feira, na região de Taquari dos Polacos, interior de Ponta Grossa.

Por volta das 13h50, uma equipe da PRF deu ordem de parada a um CRV/Honda, próximo ao posto rodoviário da PRF. O veículo era suspeito de envolvimento em roubo a banco na cidade de Floraí, região Noroeste do estado, ocorrida na madrugada desta terça-feira.

No momento da tentativa de abordagem, os criminosos quebraram o vidro traseiro do CRV/Honda e, em fuga, atiraram em direção aos policiais.

Como a viatura é blindada, as balas de fuzil não atravessaram a lataria e nem o vidro dianteiro, ficando os policiais rodoviários federais, ilesos.

Os marginais continuaram em fuga e na sequência, uma equipe da Polícia Militar que estava deslocando-se em apoio, interceptou o veículo na entrada de Taquari dos Polacos, em frente a Retimaq, na Avenida Souza Naves, perímetro urbano da BR-373, havendo troca de tiros. Foi nesse momento que a policial militar Karoleen Rudnick foi ferida na perna direita, através de estilhaços provenientes dos tiros recebidos na viatura. Já em taquari dos Polacos, o carro dos marginais se deparou com uma viatura do Choque e ao dar a ré, acabou tombando. Em fuga, os ocupantes se embrenharam na mata. Até o final da tarde dessa quarta-feira (2), ninguém foi preso.

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