Projeto Boa Visão entrega óculos para crianças do Limpo Grande

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Emerson Teixeira

Carambeí – Prevenir a ambliopia em crianças com idade entre 7 e 8 anos, este é objetivo do Projeto Boa Visão, desenvolvido pelo Rotary Clube Carambeí que teve início no mês de agosto e nesta primeira etapa atendeu alunos da Escola Rural Municipal do Limpo Grande.

A entrega dos óculos para 15 alunos da unidade de ensino do Catanduvas foi realizada na última semana com a presença de representantes do Rotary Clube, e das empresas parceiras do projeto, Ótica Carambeí, Sicredi (unidade Carambeí) e Prefeitura Municipal.

A rotariana Tatiane Ferreira explica que o projeto Boa Visão busca identificar com antecedência o problema ocular, “principalmente crianças com 7 e 8 anos são a prioridade para tentar detectar a ambliopia, com o tratamento é possível a cura, o foco é esse”.

Ela conta que as pedagogas e professoras da escola realizaram o teste de acuidade visual e identificaram 15 crianças com anomalias na visão que foram encaminhadas para consulta médica com a oftalmologista pediátrica Úrsula M. Zarpellon, em Ponta Grossa. “Atendimento totalmente gratuito”, frisa a rotariana.

Após a consulta médica, quatro crianças foram identificadas com ambliopia e estão realizando o tratamento adequado. Tatiana detalha que as crianças foram divididas em dois grupos, para o primeiro, a Ótica Carambeí doou as armações e o Rotary as lentes. Para o segundo grupo de crianças a Sicredi custeou as lentes e armações através de um fundo social, que será utilizado para beneficiar mais crianças ao longo do desenvolvimento do projeto em outras escolas da rede municipal de ensino. A Prefeitura de Carambeí disponibilizou o transporte para a cidade de Ponta Grossa.

Prevenção
A especialista em oftalmologia pediátrica, Úrsula M. Zarpellon, explica que uma das grandes preocupações de pais, avós e familiares de uma criança que recebe a indicação médica de uso de óculos, reside em verificar a causa e por quanto tempo será necessária a utilização da armação e se o grau vai aumentar ou diminuir a graduação das lentes.

“Recomenda-se ter tranquilidade ao encarar a novidade para a criança. Atualmente no mercado ótico existem diversos tipos de materiais de lentes e armações e certamente algum produto será adaptado à criança. O médico oftalmologista pediátrico irá orientar com segurança o seguimento a ser adotado no decorrer do tempo que poderá ser breve ou longo de acordo com a patologia da criança que deve ser examinada desde o nascimento e primordialmente na primeira infância devido ser neste período a maturação cerebral do que a criança enxerga para completar a visão tridimensional do mundo evitando assim a Ambliopia, ou olho preguiçoso que impedira a criança de possuir a visão perfeita”, explica.

Úrsula explica que normalmente o pediatra encaminha para o acompanhamento oftalmopediatrico da infância em conjunto com pais a partir dos 6 meses de idade 1 ano e assim por diante até o final da primeira infância.

Ela ressalta o papel importante que os professores desempenham para auxiliar a identificar que uma criança possa apresentar dificuldades na visão. “Os educadores que podem perceber má postura, piscadeira, dores de cabeça sem causa aparente, aproximação da criança para escrever ou fazer tarefas, estrabismo (olhos desviados), prematuridade, baixa de visão e pupilas diferentes com ou sem ptose”, enfatiza.

“Ao chegar no consultório a criança tem uma abordagem diferenciada e o oftalmologista vai diagnosticar a patologia que pode ser a miopia com ou sem astigmatismo, astigmatismo e hipermetropia com ou sem astigmatismo. Ou outra patologia que necessite do óculos como tratamento. Portanto o óculos é um instrumento muito importante para a recuperação da visão da criança”, frisa.

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