Paulo Bertolini cumpre agenda representando Abramilho e Maizall nos EUA

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Biotecnologia e outras demandas do setor são discutidas

Luana Dias

Terminou na quarta-feira (19) a agenda internacional de trabalho que o castrense, Paulo Bertolini, que é diretor da Abramilho e presidente da Aliança Internacional do Milho (Maizall), cumpria nos Estados Unidos desde o dia 14 de janeiro. Entre as pautas debatidas ao longo desses seis dias e das cerca de 12 reuniões das quais participou Bertolini, estavam a velocidade com que são aprovadas as novas tecnologias para a agricultura, a sustentabilidade dos processos, e o planejamento estratégico da Maizall para os próximos três anos.

“Tivemos duas fases da missão aqui. A primeira de trabalhos internos da Maizall, definindo o planejamento estratégico, que posteriormente será aprovado em assembleia. E a segunda foi de uma intensa agenda de reuniões com executivos de empresas de insumos agrícolas; com parlamentares que representam os republicanos do Congresso Americano, e com o grupo dos democratas da Câmera; com membros do órgão que é similar ao Ministério do Comércio Exterior dos Estados Unidos, e com membros do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA)”, explicou Bertolini, destacando que um dos propósitos do grupo de trabalho, formado nos encontros, é buscar conscientizar governos e agências reguladoras sobre os atrasos e a velocidade lenta empregada na aprovação de novas tecnologias para a agricultura. “Em geral isso é prejudicial a todo setor, porque estamos falando de produtos mais modernos, e, consequentemente, mais eficientes e com menor impacto ambiental, porque a sustentabilidade está diretamente relacionada a tecnologia. Nosso pedido é para que tanto os países produtores, como os consumidores do milho, tenham agilidade nessas aprovações A biotecnologia é uma das partes onde temos interesse, mas também entram outras demandas, como a questão da edição genética, que tem sido o foco de atenção de todos os países”.

Segundo o executivo, os encontros com os diferentes grupos serviu para uma rica troca de ideias e de experiências. “Por exemplo, nós passamos para eles um pouco sobre a nossa experiência com a utilização de biotecnologia, falamos da missão da qual participamos na Inglaterra no mês passado, e tentamos entender deles, quais são as prioridades que estão enxergando na biotecnologia. Também falamos sobre o retrocesso que representa a proibição de glifosato e do milho transgênico que está ocorrendo sem base cientifica, e que está afetando países como o México, que é grande importador do milho americano, e boa parte dos grãos são provenientes de biotecnologia”, explicou Paulo Bertolini.

Também durante a reuniões das quais participou o castrense, foram apontados alguns dos potenciais países nos quais a Maizall – cuja aliança reúne associações de produtores de milho do Brasil, Argentina e Estados Unidos – pode trabalhar, pelo ponto de vista dos agricultores. “Vieram algumas sugestão de prioridade, como Paquistão, Quênia e Vietnã, e continuidade da atuação sobre a União Europeia e o Reino Unido”, finalizou.

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