Luana Dias
Bastante debatido na Câmara de Vereadores do Município, o Projeto de Lei (número 61 de 2021) que tinha como objetivo a extinção dos cargos de auxiliar de serviços e de guarda patrimonial, foi suspenso pelo prefeito, Moacyr Fadel. De acordo com o vereador Maurício Kusdra, contrário à sua aprovação desde o início, a proposição já foi inclusive retirada da Casa de Leis. “Hoje estive com o prefeito para falar sobre isso. Ele retirou o projeto da Câmara, sobretudo porque acompanhou e viu toda a mobilização que foi feita pela Guarda”, destacou.
Na sessão ordinária da Câmara, na semana passada, quando entrou em expediente para discussão e votação única, o projeto recebeu várias críticas de Maurício e sofreu pedido de vistas do vereador Gerson Sutil. Antes de retornar para nova votação, no entanto, houve a suspensão.
A reportagem ouviu servidores da guarda patrimonial assim que o fato foi divulgado. Os profissionais, que pediram novamente para não serem identificados, afirmaram que, mesmo que temporariamente, sentem-se aliviados com a retirada do projeto da pauta da Câmara de Vereadores. Questionado se temia por novas movimentações que pudessem prejudicar os trabalhadores, um deles respondeu: “Na verdade ainda fica a dúvida. Aparentemente ele aceitou numa boa o pedido do vereador, porém estranho não ter nenhuma resistência, acredito que na visão dele seria tudo rápido e muito simples e acabou dando certo transtorno na Câmara, no interno e com vocês da mídia”.
Os guardas também afirmaram acreditar que existe motivação política para a suspensão do projeto, e defenderam mais investimentos, nos profissionais da pasta. “Acredito que se o município investir mais em cursos de capacitação para guarda patrimonial a população tem mais a ganhar. Exercemos um excelente trabalho até então, se melhorar a nossa maneira de trabalhar todos saem ganhando sem ter gastos extras com terceiros”, afirmou um dos entrevistados.
Foto: Prefeitura de Castro
