Professor de PG acusado de assédio será ouvido pelo Nucria

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Matheus de Lara

Ponta Grossa – Uma onda de manifestações promovidas por alunos e pais, do Colégio Cívico-Militar Frei Doroteu de Pádua, em Ponta Grossa, está sendo mobilizada depois de denúncias de assédio sexual contra um professor de matemática. O caso ganhou repercussão, depois de uma adolescente de 13 anos afirmar ter sido chamada pelo professor até a frente da classe para fazer a chamada, e o professor ter passado a mão no corpo dela.

O Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) já abriu inquérito e ouviu pelo menos duas vítimas de 13 e 14 anos, além de três testemunhas.

A reportagem do Página Um News conversou com a delegada da Nucria, Ana Paula Cunha Carvalho para saber como está sendo as investigações. Segundo ela, formalmente foram recebidas três denúncias relacionadas. “Segundo as vítimas, o professor olhava para elas de forma estranha, tinha alguns dizeres estranhos e as vezes tocava o corpo delas. Ele vai ser ouvido na sequência, assim que a gente conseguir ouvir todas as vítimas e testemunhas de uma vítima que vai comparecer na unidade nesta sexta-feira (22)”.

A delegada também informou que o professor possui histórico da prática do mesmo crime. “Entre 2005 e 2013, já respondeu por fatos da mesma natureza, ou seja, envolvendo alunas”. Até o momento, o professor está sendo investigado pelos crimes de assédio sexual e importunação.

O crime de importunação sexual é crime desde 2018, de acordo com o Ministério Público do Paraná.

Colégio

Durante a terça-feira (19), o professor teria ido normalmente para a escola, mas quando se deparou com os protestos, não seguiu para a sala de aula. Ele segue afastado de suas atividades.

Em conversa com o diretor do colégio, Roger Andrade, ele detalha que o professor já havia sido antes, exonerado de um concurso público por assédio. “Ele pagou a pena de cinco anos e não sofreu processo criminal. Depois assumiu um contrato com o Estado, qual novamente recebeu um processo também por assédio”.

Conforme diretor, a equipe escolar estava preparada para qualquer reclamação que se iniciaram no começo de setembro. Roger disse que falavam que o professor tinha um comportamento estranho. “Ele chama só as alunas para iriem perto da mesa”, destaca quando ouviu relato dos estudantes.

O caso que gerou repercussão aconteceu na sexta-feira (15). “O professor só tinha aulas com os oitavos anos, e a gente monitorando tudo. De repende uma aluna, vem na segunda-feira (18) e relata que o professor havia passado a mão nas partes intimas dela”, disse o diretor. Imagens de câmera de segurança foram repassadas para as autoridades policiais.

Roger conta que o Núcleo de Educação já está com a comissão montada, averiguando a situação. “Até 30 dias a comissão vai dar um parecer final, mas antes disso recebeu o afastamento. Muito provavelmente ele não volte ao colégio”.

Durante a semana, vários estudantes promoveram manifestações. Nessa quinta-feira (21), os protestos se concentraram em frente ao Núcleo Regional de Educação. Parte dos alunos vestiam roupas pretas.

A reportagem entrou em contato com o Núcleo Regional de Educação de Ponta Grossa, qual deverá mandar uma declaração em breve.

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