Lago recebe material não identificado

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Luana Dias

O despejo de um material denso tem feito surgir uma mancha de cor marrom-avermelhada no lago do Parque Lacustre, na lateral esquerda, próximo a dois pontos de escoamento. Sobre o material pastoso há lixo parado, o que indica espessura e quantidade consideráveis. Apesar de a origem do material não ser conhecida, fontes ouvidas pela reportagem, ligadas à preservação do Meio Ambiente, explicaram que existe a possibilidade de o despejo ser o resultado de ligações irregulares, que podem ter sido feitas a partir de residência ou até mesmo de empreendimentos, e que foram direcionados para o lago por meio da galeria pluvial.

Nestes casos saber de onde o material está saindo não é tarefa fácil e pode levar tempo para ser concluída. Antes da pandemia, um acordo feito com a Sanepar incumbia a Companhia de vistoriar boa parte dos imóveis no município. E se fossem constatadas irregularidades, a empresa informava a Vigilância Sanitária de Castro, que procedia com notificação e acompanhava o processo de regularização, no entanto, com a chegada do coronavírus as visitas e entradas nas residências, necessárias para a realização da vistoria, foram suspensas. Assim, é necessário que seja feita uma busca minuciosa para saber se o material vem a partir de alguma rede de esgoto.

Ao analisar imagens do material, uma das fontes ouvidas pela reportagem também levantou a possibilidade de parte do material ser de assoreamento, ou seja, o acúmulo de sedimentos, como terra e areia, que ocorre também em tempos de estiagem, pela própria ação da água e do vento.
Em geral, o assoreamento pode ser causado por processo intenso de desgaste de rochas e do próprio solo. A ação ocorre ou se agrava pela ação humana, principalmente quando a vegetação que evita a sedimentação do solo é removida.

Fotos: Luana Dias

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