Paulo Bertolini já preside a Maizall, 3º brasileiro desde a criação da Aliança Brasil, EUA e Argentina

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Minuto Rural

O diretor da Abramilho e do Grupo Calpar, Paulo Bertolini, assumiu a presidência da Maizall – Aliança Internacional do Milho nesta semana. Rotativa entre os países membros, cada presidente possui mandato de um ano.

A Maizall é uma aliança entre associações de produtores de milho da Argentina, Brasil e os Estados Unidos que juntos cultivam 50% de todo o milho do mundo e 70% do excedente exportável. Com objetivos bem específicos, a entidade compartilha conhecimento, informações, inovações tecnológicas e também discute as questões de barreiras comerciais em relação à inovação agrícola.

Pelo Brasil participa a Abramilho (Associação Brasileira de Produtores de Milho), dos Estados Unidos são duas associações entre elas a The U.S. Grains Council, e a NCGA – National Corn Growers Association e representando a Argentina a Maizar – Associaón Maíz y Sorgo Argentino.
O novo presidente destacou que a organização tem assento junto à FAO que é uma agência ligada à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, também na Organização Mundial do Comércio, e que, além disso, a instituição defende todos os produtores de milho dos inúmeros desafios mundo afora. Paulo acredita que o comércio internacional funcionando de maneira mais livre pode ajudar a levar a produção excedente de milho das Américas para os países da Europa e Ásia, e assim o cereal atuar na alimentação humana e animal destes locais.
As tarifas e regras regulatórias costumam ser barreiras a esse comércio, por exemplo, os procedimentos para aprovação de novos produtos dos países importadores costumam ser lentos e isso pode ser um problema e este desafio a ser superado. “Os principais desafios estão relacionados às barreiras comerciais de alguns países que se impõem em função de novas tecnologias, aprovações biotecnológicas, e a instituição procura esclarecer tecnicamente todas as dúvidas em relação a estes avanços na cultura para todas essas nações. Além disso, a aliança trabalha para derrubar as barreiras comerciais para se ter um livre comércio para o milho.”, pontua o presidente.

Bertolini argumentou que durante a pandemia do (Covid-19), o mundo mostrou que precisa rever suas políticas e barreiras, pois a alimentação é assunto importante para todos os países. Neste contexto, o milho é um produto indispensável. “Nesse caso, os agricultores de milho são muito importantes e a troca de informações, tecnologia e comércio são essenciais para que a produção, ano a ano, se aprimore e sejam mais eficientes e sustentáveis. Portanto, criar barreiras, dificultar o comércio dá um impacto negativo na segurança alimentar. A importância do comércio sem barreiras foi muito discutida durante a atual pandemia de Covid.”, pontua o presidente.

Em relação às diferenças e particularidades na produção de milho entre os agricultores que compõem a aliança, ele explica que existe. Por exemplo, a agricultura do Brasil e uma agricultura de clima tropical que apresenta algumas vantagens e desvantagens. “Cada país tem a sua própria tecnologia e exemplo do Brasil, a agricultura aqui é tropical e assim, cada país tem suas características diferentes. Por isso, as pesquisas e tecnologias na questão genética têm trazido ganhos de produtividade e segurança de produção. O que precisamos é diminuir o tempo de aprovação destes melhoramentos genéticos entre os países para que possamos avançar e aprimorar a produção de milho ao redor do mundo.”, acredita.

*Texto de Toninho Anhaia

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