Vereador sofre pedido de cassação

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Luana Dias
Especial Página Um News

O prefeito de Palmeira, Edir Havrechaki, protocolou um pedido de instauração de Comissão de Ética na Câmara de Vereadores do município, no último dia 15 de setembro. O pedido tem como alvo o vereador Denis Sanson, e cita pessoas de seu grupo político, uma ex-servidora do Executivo, organizações sociais, como o Instituto Atos – da qual o vereador é integrante, e o Observatório Social da cidade.
De acordo com o documento, Sanson e os demais citados fazem parte de um grupo responsável pela divulgação de notícias falsas, as chamadas fake news, nas redes sociais, com o objetivo de denegrir agentes políticos, servidores municipais e a administração pública do Legislativo e Executivo do município, além de promoção política.
O pedido, direcionado ao presidente da Casa, alega que o município de Palmeira vem sendo alvo de ‘fake news’ há vários anos. Também aponta que o vereador e outros membros deste grupo usam codinomes na internet, para difamar os Poderes Executivo e Legislativo, e para assinar requerimentos, enviados ao Executivo Municipal.
No documento, há menção à existência de provas da propagação das ‘fake news’, do uso de codinomes e da apresentação de denúncias falsas, como pautas de reuniões, realizadas com o chamado ‘grupo de fake news’. Tais materiais também teriam sido encaminhados para autoridades competentes, como o Ministério Público do Paraná (MP-PR), e resultado ainda no registro de um Boletim de Ocorrência, feito pelo prefeito, na Polícia Civil do município. Além disso, o pedido de instauração recomenda que o presidente da Câmara de Palmeira adote de imediato, medidas legais para dar início à cassação do mandato do vereador Denis Sanson.
A reportagem tentou ouvir a todos os citados no pedido de instauração de Comissão de Ética, porém, só conseguiu falar com o prefeito e com assessoria da Câmara Municipal. Edir Havrechaki afirmou que protocolou o documento porque existem vários indícios da existência desse grupo, e de suas ações para a propagação de notícias falsas. “Eu mandei o pedido justamente para apurar os fatos. Recebi esse material em forma de denúncia, encaminhei para o Ministério Público e fiz B.O. na Polícia Civil. Há indícios de que o grupo político do vereador esteja envolvido nessa ação, portanto, queremos que seja apurado, e que se for verdade, sejam tomadas as providências adequadas”, destacou.
Na Câmara de Vereadores a informação é que o presidente da Casa, vereador Everaldo Kuhn, já editou uma portaria (n° 934), através da qual instituiu a Comissão de Ética que deverá analisar o pedido, dando sequência no processo. A Comissão é formada pelos parlamentares Pastor Anselmo, Arildo Zaleski e Rogério Mané. No primeiro encontro, eles devem definir o presidente da Comissão, para em seguida analisar o pedido e definir os próximos passos.

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