PCPR deflagra operação contra pirataria digital em Ponta Grossa

Ação integra a “Operação 404”, mobilização nacional de combate a crimes cibernéticos e violação de direitos autorais

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Da Redação

Ponta Grossa — A Polícia Civil do Paraná (PCPR), por meio do Setor Operacional da 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa, deflagrou na manhã desta quinta-feira (27) uma operação de combate à pirataria digital. A ofensiva integra a “Operação 404”, coordenada nacionalmente pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e pelo NUCIBER (PCPR), e tem como foco a repressão a crimes cibernéticos e à violação de direitos autorais.

Os policiais civis cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência de dois suspeitos no município. O objetivo foi recolher computadores, smartphones e outros dispositivos que agora passam por perícia técnica. A análise deve auxiliar na coleta de provas digitais e na identificação da extensão do esquema, além de possíveis coautores.

Investigação

Segundo a PCPR, a investigação contou com suporte técnico do Laboratório de Operações Cibernéticas (CIBERLAB/MJSP). As apurações revelaram que os suspeitos operavam um site de comércio eletrônico voltado à venda ilegal de licenças de jogos digitais para consoles PlayStation (Sony).

O esquema funcionava por meio da comercialização de “contas primárias” e “contas secundárias”, em que o comprador recebia logins e senhas para baixar jogos diretamente no videogame, pagando valores muito abaixo dos praticados no mercado oficial. A prática caracteriza pirataria e causa prejuízos à indústria, além de colocar consumidores em risco.

A investigação apontou, ainda, movimentação financeira incompatível com atividade lícita. Uma das contas bancárias associadas ao grupo apresentava limites de saque mensais na casa dos milhões de reais, sinalizando alto lucro e volume expressivo nas transações ilegais.

Retirado do ar 

Além das buscas, a PCPR pediu ao Poder Judiciário a retirada imediata do site do ar. A medida — já deferida — determina tanto o bloqueio do domínio nos provedores de internet quanto a desindexação do endereço em buscadores como Google e Bing, impedindo que novos usuários acessem o conteúdo ilegal.

A Polícia Civil reforça que a compra de produtos piratas fomenta o crime organizado, gera evasão fiscal e expõe consumidores a riscos como roubo de dados pessoais e golpes digitais. A corporação orienta que denúncias sobre crimes cibernéticos sejam feitas pelos canais oficiais, garantindo sigilo e proteção ao denunciante.

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