A radiografia da vida do médico Dr Libanio Cardoso mostra que foi recebido em Castro no ano de 1941. No centro da cidade construiu a Casa de Saúde, uma casa hospitalar que sempre manteve as portas abertas para a população castrense, berço da arte da sua vida, a medicina. Além de profissional da saúde, sabia falar a linguagem do público alvo. Nestes dias difíceis da pandemia covid-19 que bate em nossa porta, falava pela janela do isolamento social com o empresário Marcos Vinicius Krelling, filho de Nelson Bedene Krelling, um dos doadores de sangue da Casa de Saúde que comentava que muitas vidas foram salvas com a transfusão de sangue. Diante disso, com o Marcos fizemos uma breve viagem no tempo e chegamos em 1901, ano que Landsteiner descobriu os grupos sanguíneos “ABO” e em 1940, descobre o aglutinógeno Rh e mais tarde a descoberta de um anticoagulante de sangue, que permite o armazenamento sanguíneo. Depois de vários cálculos matemáticos, com os números dos anos, das pesquisas, e a falta de comunicação, a conclusão foi: as transfusões realizadas na Casa de Saúde eram feitas com sangue sem anticoagulante e com um equipamento ligado na artéria do doador e na veia do receptor, técnica denominada “braço a braço”. Na época era a mais moderna terapêutica biológica.