A partir desta semana, os motoristas que trafegam pela PR-151 e demais rodovias administradas pela EPR Litoral Pioneiro precisam reforçar a atenção: os radares instalados ao longo dos trechos começaram oficialmente a multar. A medida encerra o período de testes e marca o início de uma nova fase na fiscalização eletrônica das estradas estaduais. Mais do que um instrumento punitivo, os equipamentos têm se mostrado aliados da segurança — e os números comprovam isso.
Desde o início da operação experimental, a PR-151 registrou queda expressiva no número de acidentes. Em pontos antes considerados críticos, como a conhecida “Curva da Moeda”, em Carambeí, as ocorrências diminuíram drasticamente. Casos semelhantes foram observados em Jaguariaíva, Sengés e Piraí do Sul, onde o número de acidentes foi zerado após a instalação dos radares.
Esses resultados não são fruto apenas da presença das câmeras, mas de um conjunto de fatores: melhor sinalização, condições adequadas de pista e campanhas educativas que reforçam a importância de respeitar os limites de velocidade. É preciso lembrar que a tecnologia, sozinha, não salva vidas — ela apenas ajuda a conter os excessos de quem insiste em transformar o volante em uma arma.
A fiscalização eletrônica, por vezes criticada por quem a enxerga como “indústria da multa”, deve ser entendida sob outra ótica: a da preservação da vida. Estudos apontam que, quanto menor a velocidade, menor a gravidade dos acidentes. E numa rodovia que liga municípios movimentados dos Campos Gerais, cada redução de risco representa famílias poupadas de tragédias evitáveis.
Cabe agora aos condutores a contrapartida: manter o respeito às leis de trânsito, compreender que os limites não são meras formalidades, mas parâmetros de segurança coletiva. O radar não está ali para punir, e sim para lembrar — de forma clara e objetiva — que a pressa nunca vale o preço de uma vida.